POLÍTICA

Ações judiciais das eleições de Cascavel agora serão analisadas em Curitiba

Entenda os detalhes da eleição municipal de 2024 em Cascavel e as controvérsias que a cercam após o resultado - Foto: Reprodução
Entenda os detalhes da eleição municipal de 2024 em Cascavel e as controvérsias que a cercam após o resultado - Foto: Reprodução

Cascavel - A eleição municipal de 2024 em Cascavel foi encerrada oficialmente no pleito eleitoral do dia 6 outubro de 2024, com Renato Silva (PL) sendo eleito prefeito de Cascavel com 95.168 votos, e a escola dos 21 vereadores. No entanto, as controvérsias em torno dos resultados não se encerraram naquele dia, isso porque, os grupos políticos derrotados foram à Justiça questionar alguns pontos que poderiam mudar o cenário. Embora nenhuma sentença tenha sido provida no Fórum de Cascavel, os questionamentos “subiram” para Curitiba, no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, que analisa as ações.

Foto: Assessoria

Antes mesmo do dia 6 de outubro, a coligação “Renovar com Fé em Deus e a Força do Povo” que teve como candidato à prefeitura de Cascavel, Marcio Pacheco (PP), moveu uma AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) contra as candidaturas de Renato Silva e Henrique Mecabô, por suposta prática de abuso de poder político e religioso em um evento promovido pela Igreja Assembleia de Deus de Cascavel. A acusação aponta que, por meio da influência do pastor Clemersom Silva, da Assembleia de Deus, fiéis teriam sido coagidos a apoiar Renato Silva e seu vice, Henrique Mecabô.

No entanto, o juiz eleitoral Osvaldo Alves da Silva da 68ª Zona Eleitoral de Cascavel, julgou improcedente a ação. Porém, o corpo jurídico da coligação de Marcio Pacheco ingressou com um recurso no TRE-PR tentando reverter a sentença. No TRE, o processo recebeu parecer contrário do Ministério Público Eleitoral e agora aguarda decisão do relator do processo, desembargador Guilherme Hernandes Denz.

E não foi apenas a coligação de Marcio Pacheco que questionou abuso de poder na eleição de Cascavel. A coligação “Minha Vida é Cascavel”, liderada pelo ex-prefeito Edgar Bueno (PSDB), também ingressou com uma Ação de Investigação alegando que o candidato Renato Silva, teria se beneficiado de um “desequilíbrio midiático” ao usar sua influência sobre veículos de comunicação locais — como a CBN Cascavel e a Rádio Colméia, ambas ligadas à sua família — além de supostamente firmar “contratos milionários” para favorecer uma cobertura positiva da sua campanha e da gestão municipal. A ação também foi julgada improcedente e o advogado Marcos Boschirolli já disse que irá recorrer da decisão, que também levará o processo para Curitiba.