Policial

Sem “reserva técnica” militares terão que revezar coletes à prova de bala

A justificativa, segundo as informações repassadas, é que alguns coletes estão com prazo de validade vencido

Sem “reserva técnica” militares terão que revezar coletes à prova de bala

Cascavel – O uso dos coletes à prova de bala, sem dúvida alguma, é indispensável para toda força policial, seja nas operações ostensivas ou investigativas, seja no simples deslocamento de casa para o trabalho. Porém, nos próximos dias, os policiais militares do Paraná terão que redobrar a atenção já que, por determinação do comando, segundo informações repassadas à redação do O Paraná, ontem (29), os agentes foram orientados a entregar as placas balísticas dos coletes à prova de bala ao fim de cada turno.

A justificativa, segundo as informações repassadas, é que alguns coletes estão com prazo de validade vencido, e os equipamentos em dia com as especificações de segurança não são suficientes para suprirem a demanda diária dos plantões. Por isso, sem a chamada “reserva técnicas” a medida foi adotada para atender a demanda das escalas.

Procuramos mais esclarecimento junto ao 6ª BPM, que recorreu à Curitiba para esclarecer os motivos da medida. “A Polícia Militar do Paraná determinou o recolhimento de todos os coletes com prazo de validade expirados e, recentemente, assinou contrato com a empresa indiana MKU para compra de 9.527 novos coletes, os quais estarão disponíveis, assim que finalizados os trâmites burocráticos e logísticos finais. Vale salientar que nenhum policial está atuando utilizando coletes fora do prazo de validade. O equipamento é de propriedade do Estado e é disponibilizado ao policial através de cautela temporária. Os gerenciamentos referentes à distribuição dos equipamentos disponíveis são de responsabilidade do Comandante da Unidade Policial de cada região”, diz a nota enviada pela Polícia Militar.

Investimentos

De acordo com assessoria do governador Ratinho Junior, desde janeiro de 2019, o Governo do Estado investiu mais de R$ 1 bilhão na Segurança Pública do Paraná. Os recursos foram empregados na expansão de tecnologia, em novas delegacias e batalhões, aquisição de viaturas e embarcações, além de armamentos e equipamentos de proteção individual.

“Essa modernização e esse crescimento da estrutura disponibilizada para a Segurança Pública com viaturas, helicópteros, drones e o que há de alta tecnologia no mercado é para garantir o bem-estar dos paranaenses”, afirmou o Ratinho Junior.

Dos recursos direcionados para a área nos últimos quatro anos, R$ 342 milhões estiveram voltados para a ampliação, reforma ou construção de unidades em todo o Estado, resultando em novos Quartéis do Corpo de Bombeiros, Batalhões da Polícia Militar, Delegacias da Polícia Civil, Estabelecimentos Prisionais e sedes da Polícia Científica.

Desde 2019, segundo a assessoria, foram investidos mais de R$ 454 milhões para a aquisição de equipamentos, armamentos e de 2,8 mil viaturas para as forças de segurança. As viaturas (inclusive motocicletas BMW) foram distribuídas para todos os municípios do Paraná, reforçando a presença da polícia perto da população.

RESULTADOS

Além dos investimentos, também foi criada uma Patrulha Rural, pela Polícia Militar, para atender de maneira permanente a população do campo. Na Polícia Civil houve mais investimentos em tecnologia (troca de pistolas, novos sistemas de integração com o Poder Judiciário e computadores).

Essa integração programada já resultou nos menores indicadores de roubos e homicídios dos últimos anos. Os três últimos anos da década encerrada em 2021 tiveram o menor número de roubos de veículos da série histórica recente. Já o número de mortes violentas caiu 40% na última década.

Foto: Arquivo/AEN

Atualização 30/08 às 18h10

Sem desabastecimento

O Governo do Estado, em contato com O Paraná, explicou que “os coletes recolhidos ainda não estão vencidos, mas perto da data de vencimento”, e que este é um “procedimento padrão em todo o Estado: recolher os que estão próximo do vencimento e entregar novos, sempre visando a proteção dos servidores”. A assessoria afirmou ainda que “há coletes em número suficiente para a reposição de todo o efetivo, o que já está sendo feito porque há estoque, sem nenhum risco de desabastecimento”.