Opinião

Meio do ano

Passamos do meio de junho… Eis-nos na metade de mais um ano. É… METADE.

O que mais aguça nossa curiosidade numa circunstância dessas é o horizonte comprovadamente incerto e não sabido e, incerto e não sabido devido ao fato de estarmos mais aproximados de um caldeirão do que da ortodoxia de uma república lapidada, coerente politicamente, em evolução respeitável diante das obrigações de seus três poderes RECOMENDADOS por Montesquieu quando inspirou-se ao apontar ao mundo político do Planeta a inarredável e imperiosa harmonia e respectivas imposições de respeito aos limites necessários para um triunfo das circunstancias.

Infelizmente, em termos de Brasil, o horizonte se nos apresenta como mais sombrio do que ensolarado. O que se tem praticado até agora, no universo político, após todo esse tempo de íngremes rotas impostas, são atos de choque, mais apegados a intenções ideológicas do que propriamente de alcançar avanços necessários ao bem da Nação.

Estamos diante de um Congresso cuja maioria de seus integrantes – segundo denúncias sistemáticas, tem contas a ajustar com a Justiça e, mesmo assim, praticando movimentos que venham em benefícios próprios desses membros comprometidos, mais do que em favor de instrumentos que possibilitem a punição e purgação de seus desvios da boa rota. Chama-se a isso “benefícios pessoais”.

Uma Nação com um Congresso desse nível não pode pretender prosperar, se não se corrigir e bem no meio de mais um ano é uma data ideal e adequada a reflexões que levem a esse objetivo. Por outro lado, a imitar no comportamento essa Casa que chamam de “casa de leis” emergem chamadas excelências do outro setor – aquele que tem por obrigação zelar pela correta aplicação das leis – e emerge em sua maioria no dorso de interpretações que mais destacam favorecimentos a privilegiados do que o cumprimento do que chamam de lei, o que tem provocado vaias em qualquer espaço que apareçam.

E vejam que os desacordos com nossas esperanças, ao invés de diminuírem, ao contrário, aumentam inexoravelmente, tanto que o eixo principal dessa engrenagem complexa – o governo central, o de antes – sofreu abalo demolidor e massacrante, justamente quando colhia êxitos notáveis em todas as áreas sobre as quais se debruçava… Recuperou a credibilidade brasileira no exterior… Não levou nosso dinheiro prá fora, ao contrário, buscou maiúsculos investimentos para cá…

Animado, aqui mesmo, na área regional, para destacar-nos “em Nossa Casa”, voltou com o Show Rural, antecipando mais um de seus sucessos – como sempre -mostrando que a agricultura estava indo muito bem, obrigado… indústria em franco desenvolvimento – estradas recuperadas – juros baixos – inflação domesticada – e o preocupante desemprego deixado como herança, se não diminuiu, pelo menos parou de crescer.

E aí, o que fizeram?? Amassaram, massacraram, demoliram tudo quando ainda havia – e há muito, muito mesmo ainda por fazer e recuperar e uma das metas mais almejadas também fora conquistada: Em termos de presidência da República – não se roubava mais, e também estava viva nossa esperança de melhores dias, pois ali, na boleia, estava um capataz com as rédeas nas mãos e pulso firme e que resistiu até a facada que pretendeu ser assassina, fracassando, felizmente, embora seus comandantes estejam, covardemente, até hoje, ainda camuflados.

Assim, chega-se em mais uma metade de ano…e a dúvida destaca-se entre nós, uma sociedade que chegou a ser uma república democrática e, hoje, o que menos se pratica é essa decantada democracia, com circunstâncias dependendo – como numa republiqueta – dependendo do que se passa – não pela lei – mas pela cabeça de um ou outro “apoiado no cabo de uma caneta”, abastecida de autoridade de parte de quem teria por obrigação fazer-se respeitar, assim como a lei, a ordem, a legislação, o povo.

Enfim, O que será de nós?? E, por fim, “o descaramento” hoje é tão acentuado que surgem “infiltrados na Berlinda” – descarados, repetindo – pregando, num insulto dos mais atrevidos, que “Esse governo não rouba e não deixa roubar”. Enfim, estamos em mais um junho… em mais um “meio de ano ”nesse nosso “buraco”, no qual transformaram o Brasil. Só faltava roubarem também de aposentados e inválidos. Não falta mais.