São Paulo – A polêmica contratação do zagueiro Iago Maidana pelo São Paulo pode ir além do agravamento da crise política que permeou o Morumbi nos últimos tempos. Na tarde desta sexta-feira (16), a Procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) confirmou a denúncia sobre a transação do zagueiro de 19 anos.
As punições que podem ser recebidas pelo Tricolor vão de multa até rebaixamento para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. Já o zagueiro pode ser proibido de atuar em qualquer atividade relacionada ao futebol. Ainda não há data para o julgamento.
O São Paulo, Criciúma e Monte Cristo foram denunciados com base no artigo 191 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que implica em infrações relativas à administração esportiva, às competições e à justiça desportiva. Neste caso, a única sentença seria uma multa de R$100 até R$100.000.
Porém os envolvidos também podem ser punidos com a aplicação das sanções previstas do Regulamento Nacional de Intermediários. No artigo 34, o punido seria o São Paulo.
As sentenças consistiriam em: advertência, multa, suspensão de registros de novos jogadores por até um ou dois períodos anuais ou janelas de registros, dedução de pontos e rebaixamento para divisão imediatamente inferior a que estiver disputando quando do trânsito em julgado da decisão.
Já o artigo 35 consistiria em punição ao zagueiro Iago Maidana, com advertência, multa, suspensão por partidas e proibição de atuar em qualquer atividade relacionada ao futebol.
Segundo relatório da CBF São Paulo pagou R$ 2 milhões por 60% dos direitos econômicos de Maidana, que havia passado dois dias registrado no Monte Cristo, clube da Terceira Divisão de Goiás.
Para chegar ao modesto clube goiano, o beque foi comprado do Criciúma por um grupo de investidores chamado Itaquerão Soccer por R$ 400 mil, em prática proibida pela Fifa desde maio.
Além disso, a Itaquerão pertence a um conjunto de empresas de pequeno porte na Zona Leste da capital paulista e que tem como carro-chefe uma distribuidora de bebidas. A CBF, após denúncias da imprensa, exigiu que todas as partes envolvidas enviasse documentos referentes à negociação e elaborou um dossiê, entregue ao STJD em 7 de outubro.
(Com informações do Lance!)