Praça desportiva que nos últimos anos tirou a tranquilidade de gestores municipais e dirigentes esportivos, o Estádio Olímpico Regional Arnaldo Busato em Cascavel está, enfim, desde o último dia 17 de julho pronto para ser colocado à prova. O local, que desde 2017 era mantido aberto graças a um acordo (TAC, Termo de Ajuste de Conduta) entre Município, Corpo de Bombeiros e Ministério Público Estadual, está adequado com as normas de acessibilidade que o fizeram ser dúvida para as equipes cascavelenses no Paranaense de Futebol.
“As obras ficaram prontas exatamente no dia do vencimento do TAC, que tinha um período curto de validade. Era de seis meses, mas como o campeonato consumiu três meses e não podíamos mexer enquanto estávamos com dois times na Primeira Divisão do Estadual, ficou menor o prazo para nós”, explica o secretário municipal de Cultura e Esportes, Ricardo Burgarelli.
O secretário explica que precisou buscar alternativas para concluir o projeto. “Mantivemos as rampas de acessibilidade especial e fizemos a acessibilidade convencional, para todas as pessoas que lá frequentam, por escadas devidamente aprovadas pelos Bombeiros, e isso gerou grande economicidade, de cerca de R$ 280 mil. Estavam previstos dois lances de rampas somente, e eu busquei alternativas ao projeto original, que iria custar R$ 353 mil, e consegui aprovar [o novo projeto] com os Bombeiros, justamente visando economicidade e velocidade para executar a obra, que custou menos de R$ 80 mil”.
Totalmente liberado?
Com a capacidade total atualizada para 26.340 mil pessoas, o Estádio Olímpico de Cascavel pode receber no máximo 10 mil pessoas, mas isso não é restrição de nenhum órgão fiscalizador. “Não estamos mais operando sobre TAC. Está tudo aprovado no estádio, com restrições quanto à capacidade de local por causa da falta de videomonitoramento (atendendo ao Estatuto do Torcedor). Para capacidade acima de 10 mil pessoas é preciso contar com videomonitoramento. O Olímpico não tem e não temos planos de investir nisso, porque se trata de uma capacidade muito específica. Jogos com mais de 10 mil pessoas são aqueles que não são promovidos pelo Município, e sim por empresas terceiras, como jogos do Campeonato Brasileiro, por exemplo, e isso (videomonitoramento) a empresa terceira faz a contratação pontualmente”, explica o secretário municipal de Cultura e Esportes, Ricardo Burgarelli.
Minuta de concessão já está encaminhada
As obras de acessibilidade que restavam ser feitas no Estádio Olímpico eram um dos empecilhos na busca por interessados na concessão do local. Agora, como isso não é mais uma barreira para o espaço ser oferecido à iniciativa privada, o edital de concessão deverá ser lançado em breve pelo Município. “Já encaminhei a minuta para o prefeito e o texto está em análise. A dificuldade de encontrar concessionários, empresas interessadas, é porque o imóvel é grande, com manutenção igualmente grande. E nós exigimos no termo de concessão que qualquer time do município que esteja na Divisão A tenha o direito a alugar o espaço. Isso não pode ser negado e gera um pouco de obstáculo. Mas estamos dando sequência, aguardando para ver se realmente será proposta a concessão. Existe uma lei autorizando, então estamos avaliando, discutindo com o setor interessado, de marketing esportivo, e por enquanto não há grandes interessados, até porque ainda não abrimos esse edital. Para elaborar um termo de concessão eficiente é preciso conversar com todas as pessoas da área e temos feito isso. Tanto que já elaboramos uma minuta. Só não sei quando será publicada, porque depende de alguns ajustes”, explica Burgarelli.
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