RIO – A energia que veio das arquibancadas fez a diferença. Com intenso apoio da torcida, a Itália encontrou forças para se recuperar de um trágico terceiro set e venceu os Estados Unidos por três sets a dois na tarde desta sexta-feira, no Maracanãzinho, com parciais de 30/28, 26/28, 9/25, 25/22 e 15/9, e assegurou presença na final do torneio olímpico de vôlei masculino. O ponta Zaytsev, italiano de origem russa, marcou 21 pontos e foi o o grande destaque individual do confronto. Donos da melhor campanha da primeira fase, os italianos voltam a uma final olímpica após 12 anos e vão em busca do inédito ouro. Eles esperam a definição do adversário, que sairá da outra semifinal, disputada às 22h30m desta sexta-feira, entre Brasil e Rússia, no mesmo local.
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A preferência da torcida brasileira pela Itália ficou clara logo no final do primeiro set, quando Zaytsev entrou na equipe e liderou uma reação, com quatro pontos consecutivos, para empatar a partida. Os europeus ainda precisaram salvar quatro set points, mas valeu à pena: fecharam a parcial com dois aces de Birarelli e fizeram o público, ainda inconformado com a derrota brasileira para os americanos e com o pedido de silêncio de Aaron Russell, vibrar.
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O equilíbrio persistiu no segundo set, empatado até 22 a 22. Após as duas equipes trocarem pontos, foi a vez dos americanos se valerem de um ace para fechar, com Anderson, para fechar. O resultado frustrou os italianos, que entraram para a terceira etapa totalmente fora de sintonia e foram dominados pelos adversários. Com 11 pontos consecutivos, uma marca inacreditável para partidas de alto nível, os Estados Unidos chegaram a abrir vantagem de 18 a 4. O caminho estava aberto para a vitória de 25 a 9.
Os italianos despertaram no quarto set e retomaram o equilíbrio da partida. Os americanos chegaram a abrir vantagem de três pontos em 22 a 19, mas a equipe europeia voltou a ser protagonista, com seis pontos consecutivos e três aces de Zaytsev, e demonstrou que está com apetite para a conquista inédita.
O quinto set mostrou que a partida parecia uma prova de revezamento: desta vez, foram os americanos que sentiram o baque da derrota. Apáticos, não deram trabalho aos adversários, que logo abriram três pontos de vantagem para fechar o confronto tranquilamente.
