RIO – O embarque às linhas de BRT na estação Jardim Oceânico para quem vem de metrô da Zona Sul do Rio vem sendo dificultado pelo número reduzido do ônibus e pelo descompasso entre a chegada dos metrôs e a saída dos veículos articulados. Pelo segundo dia consecutivo, a reportagem do GLOBO registrou o BRT, de uso exclusivo da família olímpica, abarrotado. BRTs só saem depois da lotação completada sentado e em pé. Passageiros do Brasil e do exterior protestam pela falta de fluxo de veículos justamente no horário de deslocamento em direção ao Parque Olímpico. A maior parte deste público é formada por voluntários e trabalhadores da Olimpíada.
Procurados pelo GLOBO tanto funcionários do BRT quanto do metrô não souberam informar o horário exato de saída dos BRTs ou mesmo se há sincronia entre a chegada do metrô e a saída do ônibus. O hub, ou o uso do metrô e do ônibus, é a única maneira de acesso recomendada pelas autoridades da cidade para o deslocamento Zona Sul – Parque Olímpico. O GLOBO presenciou os episódios entre 7h15 e 8h da manhã, tanto nesta quinta-feira quanto na quarta.
“Eu percebo a desorganização e o desrespeito com o público, em especial com os trabalhadores das olimpíadas. Na prática, eu venho aqui porque preciso trabalhar. Fico muito tempo esperando dentro do ônibus, pago um valor absurdo de passagem, não tem nem lugar para sentar e mal dá pra ficar em pé,”disse Fernanda Fernandes, que trabalha com relações públicas, e está sentada de forma improvisada no apoio da parte de trás do BRT.
Uma outra passageira, que não quis se identificar, revelou ainda uma outra preocupação. O metrô das linhas 1 e 2 começa as 5h, porém o sistema olímpico só começa as 6h.
“Eu fico mofando na General Osório a espera da linha 4. Só que a gente tem hora pra começar a trabalhar, por isso que a gente sai cedo de casa”, afirmou.
