
Entre o segundo e o 45º minutos do primeiro tempo o que se viu foi um Botafogo com predomínio no meio-campo, desarmes e saídas rápidas para o ataque. Coletivamente, era melhor do que o Atlético-MG. Faltava a tal precisão vista, por exemplo, na jogada ensaiada de saída de bola que colocou o Atlético na frente em 12 segundos, no gol de Cazares. A mesma precisão do contra-ataque puxado pelo equatoriano para Robinho fazer o segundo, instantes antes do apito final do primeiro tempo. Se na parte coletiva o Botafogo fazia frente, nas individualidades uma diferença considerável cobrava a conta. Para piorar, dois eros de arbitragem ? um impedimento mal marcado de Luís Ricardo e falta em Camilo na jogada do segundo gol ? vitimaram o alvinegro do Rio.
O Botafogo do segundo tempo perdeu parte de sua ordem em campo. Em especial na parte defensiva. A busca do gol expunha demais os zagueiros. Pior, o time levou outro gol rapidamente. Outra vez, Cazares foi o motor e cérebro, com velocidade e passe sob medida para Fred fazer 3 a 0. O placar soava exagerado, mas compreensível quando se enfrenta um adversário com tantos valores individuais como o Atlético-MG atual.
Um lance soou emblemático. Aos 23, Sassá e Rodrigo Pimpão perderam três chances seguidas, antes de Sassá descontar num pênalti. Do outro lado, cada contragolpe era ameaça de gol. Cazares fez o 4 a 1 num golaço, antes de Nuñez descontar. Aberto, o Botafogo ainda sofreu o gol de Carlos e marcou com Bruno Silva.