Donald Trump twittou hoje que está de luto pela morte de Muhammad Ali, como tantas pessoas ao redor do mundo:
“Muhammad Ali morreu aos 74 anos! Verdadeiramente um grande campeão e um cara maravilhoso. Todos sentirão a falta dele!”, escreveu o candidato à presidência dos Estados Unidos.
No entanto, há apenas alguns meses, o ex-boxeador protestou contra a proposta de Trump de proibir a entrada de muçulmanos nos EUA.
Na sequência dos ataques de San Bernardino e Paris, Ali publicou um comunicado intitulado “Candidatos presidenciais estão propondo acabar com imigração muçulmana para os Estados Unidos.” Ele não mencionou Trump, mas não foi preciso:
“Eu sou um muçulmano e não há nada islâmico em matar pessoas inocentes em Paris, San Bernardino, ou em qualquer outro lugar no mundo. Verdadeiros muçulmanos sabem que a violência implacável dos chamados jihadistas islâmicos vai contra os próprios princípios de nossa religião.
Nós, como os muçulmanos, temos de enfrentar aqueles que usam o Islã para avançar sua própria agenda pessoal. Eles têm muito que aprender sobre o Islã. Verdadeiros muçulmanos sabem, ou deveriam saber, que impor o Islã a qualquer pessoa vai contra nossa religião.
Falando como alguém que nunca tenha sido acusado de correção política, acredito que nossos líderes políticos devem usar sua posição para trazer a compreensão sobre a religião do Islã e esclarecer que esses equivocados assassinos perverteram a opinião das pessoas sobre o que o Islã realmente é”.
Após os disparos San Bernardino, Trump disse que os EUA deveriam proibir todos os muçulmanos, de qualquer lugar do mundo, de entrarem no país. “Provavelmente não é politicamente correto, mas não me importo.”, disse o candidato ao defender sua posição.
No mesmo dia em que propôs a proibição, Trump crticou declarações de Obama sobre atletas islâmicos:
“Obama disse em seu discurso que muçulmanos são nossos heróis esportivos. De que esporte ele está falando, e de quem? Ele está estabelecendo um perfil?”
