Educação

Seguindo a “nova matriz curricular”, cada professor terá seu próprio notebook

Seguindo a “nova matriz curricular”, cada professor terá seu próprio notebook

Cascavel – Os professores da rede municipal de ensino de Cascavel vão iniciar o próximo ano letivo com um equipamento individual para poder preparar suas aulas. A Semed (Secretaria Municipal de Educação) de Cascavel abriu um pregão eletrônico no dia 1º de novembro, para a aquisição de 4 mil notebooks, um para cada professor da rede, além da formação de uma reserva técnica do equipamento.

De acordo com a secretária municipal de Educação, Macia Baldini, a aquisição dos equipamentos busca oferecer mais estrutura e qualidade nas condições de trabalho aos profissionais, incentivando a busca tecnologias e novos recursos para introduzir na sala de aula. “Queremos incentivar os professores a ampliar o leque de informações, utilizando-se inclusive da forma lúdica por meio de jogos digitais”, falou a secretária.

Segundo o edital do pregão eletrônico, os equipamentos devem ser entregues em até 90 dias do processo licitatório concluído, ou seja, já início de 2023. O valor unitário de cada equipamento é de até R$ 2.873,27, sendo que para a aquisição dos equipamentos, a Semed está pretendendo gastar um valor máximo de R$ 11.493.080,00, valor que deve cair de acordo com a disputa do certame.

Tec Escola

A secretária explicou que os professores poderão levar os equipamentos para casa e que a aquisição faz parte do programa Tec Escola, que já disponibilizou notebooks para os alunos usarem em sala de aula já neste ano. “O programa quer ampliar as tecnologias digitais, no qual os professores podem fazer a chamada eletrônica e outros trabalhos, reduzindo com isso a quantidade de material impresso”, explicou.

Com os novos equipamentos, o professor poderá ampliar o acesso dos conteúdos para o preparo das aulas, um dos objetivos de aprendizagem da BCNN (Base Nacional Comum Curricular), que integra o Currículo da Rede Municipal e que exige o uso de recursos tecnológicos. O próximo passo do programa é ainda a compra de lousas digitais e projetores.

Foto: Secom

+++

Evasão escolar: Com aumento de casos, educação lança campanha

Cascavel – Com aumento do número de casos de evasão escolar, a Semed lançou a campanha “Lugar de Criança é na Escola”. O principal objetivo da campanha é conscientizar a população para reduzir ao máximo o número de faltas, principalmente aquelas motivadas por negligência ou omissão da família, e incentivar a frequência, de modo que as ações de recomposição da aprendizagem tenham ainda mais êxito e se estende à toda a sociedade.

O Programa de Prevenção e Combate à Evasão Escolar, recebeu 2.219 casos de evasão em 2020 e 2.188 em 2021, os dois anos de pandemia, quando os índices de evasão atingiram os maiores números. Até o mês de setembro deste ano a equipe já recebeu 1.317 casos (1.144 de escolas e 173 de Cmeis), um número considerado bastante alto.

A secretária Marcia Baldini, lembrou que nos dois anos letivos anteriores, com as restrições impostas pela pandemia, a população sentiu os reflexos da falta do professor e do ambiente escolar no processo de aprendizagem. Ela explicou que os casos considerados mais graves são encaminhados para o Conselho Tutelar e podem chegar ao Ministério Público, e que existe o crime de responsabilidade educacional para os casos em que a família priva a criança do acesso à Educação, quanto esta já está em idade escolar obrigatória.

Baldini lembrou ainda que a legislação educacional é bastante clara quanto à obrigatoriedade do monitoramento da frequência escolar, por parte dos profissionais da Educação e cabe à família a garantia do acesso e permanência da criança nas instituições de ensino. Durante todo o mês de outubro este assunto será debatido e divulgado para combater efetivamente a evasão escolar.

A coordenadora do Programa de Prevenção e Combate à Evasão Escolar, Ana Letícia Milani, reforçou que a maioria dos casos acompanhados é de negligência em relação à frequência escolar por parte das famílias. “A gente nota que não são casos de abuso ou violência doméstica, na maioria dos casos a família simplesmente não está levando. Talvez, por consequência da pandemia, se acostumaram com as crianças em casa e não levam em conta o prejuízo que as faltas causam para o aluno”, salientou.

Além das ligações, visitas e encaminhamentos, a equipe iniciou também o trabalho de conscientização junto às comunidades escolares, por meio de reunião com os pais nas escolas.