Aprovado em 2017, o Novo Ensino Médio deverá ser completamente implementado até 2022. No início do próximo ano letivo, portanto, ele deverá estar presente em todas as escolas que oferecem este ciclo.
Durante os últimos anos, as escolas e sistemas de ensino tiveram a possibilidade de se preparar para as mudanças. Contudo, desde o início de 2020, as instituições de ensino e os estudantes têm lidado, também, com os diversos desafios impostos pela pandemia, como a suspensão das aulas presenciais, adaptação para o ensino a distância e, finalmente, o retorno às aulas em formato híbrido.
Retrospecto negativo
A proposta do Novo Ensino Médio nasceu com o objetivo de combater alguns velhos problemas da educação brasileira. Entre eles, a alta taxa de evasão escolar durante este ciclo e o descompasso entre o conteúdo ensinado e a realidade do aluno.
Por isso, as mudanças propostas incluem a diminuição da carga horária da formação básica – que compreende componentes curriculares como português, matemática, biologia, física e química – e, por outro lado, a criação de itinerários formativos, que permitam que os alunos escolham entre algumas opções e se aprofundem em áreas de seu interesse.
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Mais que uma obrigação, uma oportunidade de evolução
Dulce Regina Vieira, diretora editorial do Sistema Piaget, comenta sobre os principais desafios e oportunidades a serem observados pelas escolas para que a mudança seja eficaz. “Dar a possibilidade de escolha aos adolescentes está alinhado com algumas das propostas pedagógicas mais modernas, que incentivam o exercício da autonomia e protagonismo por parte dos estudantes. Mas, também é de suma importância que as escolas e as famílias ofereçam todo o suporte necessário para essa escolha”, comenta Dulce.
Suporte emocional aos estudantes será indispensável
Ela também ressalta a importância de ampliar o olhar sobre as dimensões socioemocionais dos alunos. “Vivemos um momento difícil que tem fragilizado muito esses adolescentes que, agora, tem que lidar com mais essa mudança e com essas novas responsabilidades. Por isso, mais do que nunca, é indispensável que as escolas estejam preparadas para desenvolver, também, a esfera emocional desses estudantes, para que se sintam acolhidos e lidem da melhor maneira possível com tantas mudanças e uma responsabilidade maior. O Novo Ensino Médio veio para melhorar a educação Brasileira e precisa do engajamento de toda a comunidade escolar para que isso aconteça.”, observa.
Fonte: Assessoria
