Ultrapassando os muros, salas de aulas e laboratórios da Instituição, a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em parceria com a Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (SETI) e com a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), participou pela primeira vez com um estande próprio do Show Rural Coopavel, a maior vitrine tecnológica da agricultura na América Latina e a terceira maior do mundo.
A Unioeste abriu as portas para que a rede de Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES) compartilhassem o espaço de inovação, tecnologia e pesquisa. Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) e a Unioeste tiveram a oportunidade de mostrar que mais do que formar pessoas qualificadas para o mercado de trabalho, elas também são protagonistas em pesquisas de qualidade. “Nós tivemos aqui a presença de lideranças do setor empresarial e de governo mostrando que a universidade, além da pesquisa e da formação, também inova desenvolvendo novos produtos, como no caso do Deméter, que é um fungicida natural, da cerveja Rosemery, que é um cerveja funcional para diabéticos, e do grande sucesso da feira que foi o sorvete de tilápia produzido pela Unioeste. Então a gente também consegue inovar criando produtos e soluções para o desenvolvimento regional”, explica o professor Marcos Pelegrina, coordenador de ciência e inovação da SETI.
Para o Reitor da Unioeste, Alexandre Webber, as universidades têm o potencial de desenvolver demandas para a sociedade, por isso aproximá-las da comunidade é essencial para o desenvolvimento do Estado. “As universidades são grandes molas propulsoras do desenvolvimento regional, por estarem distribuídas em território, as sete universidades foram essenciais para o desenvolvimento do estado”, comenta. A colaboração com outras Instituições e com a sociedade é uma vitrine para mostrar o que está sendo produzido dentro das universidades, além de ter a possibilidade de somar mais forças para a construção de soluções inovadoras, como aponta Alexandre. “Nos aproximarmos do setor produtivo, e aqui do agronegócio e do próprio produtor, para que estabeleçamos parcerias que podem revolucionar cada vez mais o País que é agrícola e que pesquisa a agricultura”.
Projetos
Segundo o diretor de pós-graduação, Jerry Adriani Johann, o espaço que as universidades tiveram no Show Rural Coopavel foi importante para mostrar os cursos de graduação e pós-graduação que são ofertados na Instituição, especialmente os que estão ligados à agricultura e ao agronegócio. “Nós apresentamos ao longo dessa semana vários projetos que são desenvolvidos nos programas de pós-graduação pelos nossos alunos de mestrado e doutorado para que pudéssemos demonstrar para a comunidade as aplicações de pesquisas voltadas para o agronegócio”.
Dentre os projetos que estão presentes no estande da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) no Show Rural Coopavel, o sorvete com hidrolisado de CMS (carne mecanicamente separada) de tilápias é desenvolvido pela doutoranda em Desenvolvimento Rural Sustentável do campus de Marechal Cândido Rondon, Ana Maria da Silva. Além do sorvete, também faz parte da pesquisa e está exposto no estande os enlatados de CMS e filé de tilápia, coxinha e dorso de rã, e ainda filé de pacu.
Com objetivo de valorização agronômica e energética de resíduos orgânicos, o Programa de Pós-graduação em Engenharia Agrícola da Unioeste trouxe para o estande pesquisas que envolvem processos biológicos de estabilização de resíduos e fertilizantes orgânicos. Um dos fertilizantes orgânicos é o biofertilizante, adubo orgânico líquido proveniente da digestão anaeróbia de resíduos. Outro processo biológico para estabilização de resíduos é a compostagem. Exposta no estande da Unioeste, encontra-se uma composteira para resíduos orgânicos domiciliares, suficiente para receber os resíduos de alimento de uma família de 3 pessoas.
Também presente no estande da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, o projeto de controle biológico de pragas na agricultura foi desenvolvido pelo Programa de Pós-graduação em Conservação e Manejo de Recursos Naturais da Unioeste, que tem como objetivo propor métodos alternativos de controle de pragas agrícolas. Algumas das pragas pesquisadas no projeto estão a broca da haste, percevejo marrom da soja, cascudinho de aviário, ampola de erva-mate e ácaro vermelho. A pesquisa visa garantir a segurança alimentar e a segurança do agricultor e do aplicador.
Outro projeto que esteve presente é o “Melhoramento Genético de Tilápias do Nilo” da Universidade Estadual de Maringá. Iniciado em 2005, o projeto distribui material genético (matrizes e reprodutores). A maioria dos alevinos (filhotes de peixes) distribuídos no Brasil são produzidos na Universidade.
Iniciado em 2008, o Programa Couro Peixe da Unespar visa gerar empregos e renda para a comunidade ligada à pesca e ao artesanato. Ligado ao curso de Ciências Biológicas da Universidade e ao Programa de Pós-graduação em Monitoramento e Ambientes Insulares, no programa estão envolvidas diretamente 20 famílias que trabalham o couro do peixe e produzem vários produtos como bolsas, carteiras, chinelos, agendas, entre outros artesanatos.
A Universidade Estadual do Centro Oeste – Unicentro e o Instituto Federal do Paraná trouxeram a cerveja Rosemary Stout, que tem propriedades medicinais. Com adição de extrato de alecrim do campo, a cerveja nasceu com o propósito de tratamento do diabetes para facilitar a rotina das pessoas que possuem a doença.
Ainda estiveram presentes na feira:
– Bioprospecção e Transformação de Microrganismos para Produção e Caracterização de Enzimas e Biomoléculas Ativa;
– Obtenção de prebióticos como XOS a partir de sorgo, palha de milho, sabugo de milho e para crescimento de probióticos;
– Aproveitamento de subprodutos agroindustriais para produção de enzimas de interesse industrial (celulases, invertase, fitases, xilanases, quitinases, pectinases,etc);
-Produção de quitinases para estudo de atividade contra fungos e insetos fitopatogênicos;
– Controle biológico e alternativo do cascudinho dos aviários e do ácaro-vermelho de poedeiras;
– Controle biológico do percevejo-marrom da soja;
– Valorização agronômica e energética de resíduos agroindustriais;
– Monitoramento e gestão de produtores agrícolas com técnicas de sensoriamento remoto;
– Inovações Tecnológicas em Processamento do Pescado como Fator de Desenvolvimento Rural Sustentável.
– Carro Elétrico
– Extrusora de óleo de soja e amendoim
– Unioeste na Comunidade.
PROJETOS DA UEL:
– Projeto Seda Brasil – O fio que transforma;
– Projeto Biofungicida Deméter: o poder da biologia com o desempenho da química sintética;
PROJETO DA UENP:
– Projeto Controle biológico para ferrugem asiática da soja;
PROJETO DA UNICENTRO:
– Projeto Cerveja Artesanal, enriquecida com bioativos para diabéticos, a partir da utilização de alecrim do campo;
PROJETO DA UEPG:
– Escola Tecnológica de Leite e Queijos dos Campos Gerais;
PROJETO DA UNESPAR:
– Programa Couro De Peixe;
PROJETOS DA UEM:
– Projeto Agricultura familiar e agrossistemas sustentáveis: ações para coordenação da cadeia de cafés especiais do Paraná;
– Programa de melhoramento genético de tilápias do Nilo;
Assessoria