A nova educação e a importância de se reinventar é tema de palestra para alunos de Pedagogia da Univel

Diante de um cenário mundial com tantas mudanças, é preciso desenvolver a capacidade de se reinventar. Na educação, o ensino on-line ganha espaço e também se torna um desafio de adaptação para professores e alunos. Os acadêmicos do curso de Pedagogia e Artes Visuais, bem como egressos e convidados do Centro Universitário de Cascavel – Univel participaram da palestra on-line “Educação no Contexto da Covid-19”, ministrada pela convidada Gina Vieira Ponte de Albuquerque, que atua há 25 anos na Educação Básica do Distrito Federal do Paraná, é mestre em Linguística, especialista em EAD e autora do Projeto Mulheres Inspiradoras, que apresentou aos alunos os conceitos da Educação Remota, Ensino Híbrido e Educação a Distância.

Na oportunidade, Gina salientou o contexto histórico da Educação Brasileira e das desigualdades no País e parabenizou aos acadêmicos pela escolha e comprometimento com o âmbito educacional, destacando que, neste momento, precisamos ter coragem para seguir em frente e acessar o novo, pois o contexto da covid-19 precisa do atendimento pedagógico remoto para garantir o Direito à Educação, bem como o vínculo entre família e escola, pois “Educar é criar vínculo, é importar-se”.

Para a coordenadora dos cursos de Pedagogia e Artes, Gislaine Buraki, a educação no contexto da covid-19 implica superar e quebrar alguns paradigmas na área. “É importante lembrar que neste momento a utilização da tecnologia e de formas midiáticas para atingir a todos os alunos tem sido uma grande ferramenta que vai possibilitar a realização do direito à educação. É um processo que precisa da participação de todos os professores e adaptação para que o uso da tecnologia não seja somente como emergência, mas sim um processo envolvido dentro das metodologias do professor e que a nossa educação realmente supere”, observa Gislaine.

Educação on-line e criativa

A palestrante Gina Vieira apresentou algumas propostas de atendimento pedagógico remoto na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, mediatizado pelas novas tecnologias e alinhados ao paradigma da aprendizagem, tais como: diário de quarentena, a partir de textos, fotografias e desenhos feitos pela criança; priorizar atividades que afastem as crianças das telas e a estimulem a trabalhar com o corpo, assistir à notícia e descrever o que entendeu, fazer pesquisa sobre hobbies, futebol, cores; pesquisar a história de alguém da família; para crianças que têm acesso à internet, promover encontros em que elas possam se ver, conversar, falar de suas experiências; incentivar a escreverem cartas para profissionais que estão atuando na pandemia como: enfermeiros, médicos, zeladoras, caixas de supermercado, garis. “Este momento da pandemia é uma situação emergencial e requer o atendimento de forma remota, mediado pelas novas tecnologias, dando ênfase a educação remota que não deve ser vista somente como envio de conteúdos, mas de afetividade e diálogo”, comenta a coordenadora Gislaine Buraki.

Nesse sentido, os participantes discutiram e refletiram sobre o cenário da pandemia e que os professores devem ser protagonistas neste momento nas definições e ações pedagógicas, pensando no bem-estar do aluno e em estratégias que contribuam para socialização de conhecimentos, pois o que faz criar vínculo com a escola não são os conteúdos, cobranças ou decretos, mas sim os afetos, sentir-se amado, incluído, valorizado, parte da escola, é o que fará o estudante retornar a ela. Outro ponto destacado foi o pós-pandemia, onde os diretores e coordenadores precisam receber a equipe profissional com envolvimento e diálogo, para envolver os professores no acolhimento dos estudantes, com escuta ativa, sensível e qualificada.