São Miguel do Iguaçu – Desde quinta-feira (4), o vereador Valdir da Silva, o Pitonho, está afastado do mandato e, portanto, não poderá mais continuar recebendo o salário de R$ 6,3 mil mensais.
Ele vinha sendo remunerado sem comparecer às sessões, pois se encontra privado da liberdade desde julho do ano passado, em Foz do Iguaçu, quando foi preso pela polícia sob a acusação de liderar um grupo criminoso que traficava drogas e praticava roubos em São Miguel e região.
Mesmo aguardando julgamento na Penitenciária Estadual de Foz, Pidonho foi reempossado depois de vencida a licença de 120 dias que havia pedido logo após a prisão. O Ministério Público então entrou em cena e cobrou providências da Câmara, que só analisou o caso na última quarta-feira e, por unanimidade, decidiu afastar não apenas o vereador preso. Na mesma sessão, o suplente Egon Remor, que tinha sido empossado no lugar de Pitonho, também foi afastado, mas por decisão apertada: 4 a 3.
A decisão de reempossar Pitonho foi tomada pelo atual presidente da Câmara, Nilson Wernke, sem que a questão fosse debatida em plenário e com votação aberta. Diante da manifestação do MP, a sessão, inicialmente marcada para o próximo dia 12, foi antecipada para quarta-feira à noite.
O caso
Valdir da Silva, o Pitonho, é acusado de roubo, associação ao tráfico e associação criminosa juntamente com outras 17 pessoas. Todos deverão ser ouvidos pela Justiça na próxima semana. Mas essa não é a primeira vez que ele se vê implicado com a polícia, pois em junho de 2014 já havia sido preso por porte ilegal de arma de fogo.