BRASÍLIA – O ministro Teori Zavascki defendeu seu trabalho como relator dos processos da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Há na corte dezenas de inquéritos sob os cuidados do ministro. Até agora, já houve denúncia da Procuradoria-Geral da República em 11. Em três deles, a denúncia foi aceita, fazendo com o que os inquéritos passem à condição de ações penais. A Lava-Jato apura principalmente corrupção em contratos da Petrobras.
Um dos inquéritos em que já há denúncia investiga o senador Fernando Collor (PTC-AL). A denúncia foi feita em agosto do ano passado, mas até agora não houve nenhuma decisão para aceitá-la ou rejeitá-la. Em entrevista, questionado sobre o caso, Teori disse que seu voto não está preparado ainda. Perguntado em seguida se há algum caso mais próximo para ser analisado, ele respondeu que sim, mas não saberia dizer de cabeça. Por fim, indagado se vai tentar acelerar os processos, Teori respondeu:
? Eu acelero. Eu quero dizer uma coisa para vocês: eu não tenho nada atrasado. No meu gabinete não tem nada atrasado. As coisas que às vezes não se decide tem razões para decidir. Eu não tenho nada atrasado. Eu não acelero nem desacelero, eu vou fazendo na medida que tem para fazer. Eu não tenho nada atrasado. Em matéria criminal, vocês podem pegar a estatística do tribunal, provavelmente vocês vão perceber que eu pauto muita coisa, levo muita coisa, trago para turma muita coisa. Eu não tenho nada atrasado, tenho uma equipe ótima de trabalho e vou fazendo as coisas.
No STF, estão os processos da Lava-Jato que tratam de pessoas com foro privilegiado, como senadores e deputados. Parte dos investigados e réus não possuem cargos com prerrogativa de foro, mas os casos deles estão no tribunal porque têm ligação com parlamentares ou outras pessoas que podem ser julgadas apenas pelo STF.