Após três geadas consecutivas se confirmarem – terça, quarta e quinta-feira – a hora é de contabilizar as perdas no campo.
Uma equipe multidisciplinar que auxiliar o Deral (Departamento de Economia Rural) no Núcleo Regional da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e abastecimento) de Cascavel avalia os danos causados pelo frio intenso em quase 100 mil hectares de trigo cultivados nos 28 municípios de abrangência.
Preliminarmente se fala numa quebra que pode chega a 50% das lavouras do cereal, principalmente porque a formação de gelo foi de alta intensidade em pelo menos dois dias, na terça e na quarta-feira.
O diagnóstico das perdas deve ser concluído em duas semanas. “Por enquanto é pouca coisa que se pode notar, ainda é muito cedo para avaliar estas perdas, mas elas são certas, só precisamos saber quanto de fato se perdeu”, afirma o técnico do Deral, José Pértille.
Em toda área de abrangência além da Seab, fazem este levantamento funcionários de cooperativas, setor de planejamento de bancos, técnicos da Emater, representantes dos sindicatos rurais e profissionais autônomos.
Vale destacar que o trigo começa a ser colhido em 30 dias. Neste momento, metade das lavouras está em fase de frutificação e maturação e metade em desenvolvimento vegetativo e emborrachamento do grão, esta parte foi a que ficou mais vulnerável ao frio extremo registrado nesta semana.
Juliet Manfrin