Cafelândia Um fato talvez sem precedentes na história política do Paraná, mas provocado por algo muito comum que é o revanchismo político, impedirá que os 630 servidores da Prefeitura de Cafelândia comemorem em família a chegada do Ano Novo da forma como gostariam por falta de dinheiro para a compra dos produtos básicos necessários à ceia.
O funcionalismo do Município não pôde receber o salário de dezembro porque a Câmara voltou atrás e rejeitou um pedido de remanejamento do Executivo para complementar a folha depois de aprová-lo por unanimidade.
É uma forma que a oposição encontrou para tratar de questões políticas e partidárias. Lamentavelmente o Legislativo não aprovou o projeto e prejudicou inúmeras famílias, lamentou o prefeito Valdir Andrade da Silva, o Bugrão (DEM). É uma questão técnica. Há recursos para isso, mas sem a dotação orçamentária não posso pagá-los, pois há o risco de responder por crime de responsabilidade, ressaltou.
A Câmara está de recesso e ontem os servidores viviam a expectativa da convocação de sessões extraordinárias para recolocar a matéria em pauta. Para dificultar, o Regimento Interno não permite a realização de duas reuniões extras num intervalo menor que 24 horas, o que por maior que seja a pressa e a boa vontade dos legisladores, a questão não poderá mais ser resolvida antes da entrada de 2016.
Protesto
Indignados com a posição do Legislativo, servidores realizaram um protesto em frente à casa da presidente Terezinha Hellmann (PMDB) na manhã de ontem. A vereadora tentou se explicar, mas acabou discutindo com um manifestante.
Procurada pela imprensa, ela não quis se manifestar sobre o tema, o mesmo ocorrendo com o também vereador oposicionista Edson Anzen, que se limitou a atribuir o fato à incompetência do prefeito. Além deles, votaram contra o projeto do Executivo os vereadores Ozeias Souza da Silva (PDT) e Rodrigo Jair Diefenthaler (DEM).