
Um dos destaques da programação é a presença de uma comitiva de autores, ilustradores e especialistas da Espanha, país homenageado neste ano. Beth conta que haverá uma exposição de livros nas quatro línguas faladas em diferentes regiões: espanhol, catalão, basco e galego. Outro destaque são as bibliotecas. Haverá espaços para bebês, crianças e adolescentes, como nos anos anteriores, além do espaço do ilustrador, onde artistas desenham nas paredes na frente das crianças. A novidade de 2016 é a Biblioteca Olímpica, com obras infantis de 50 países que participarão dos Jogos Olímpicos, em agosto.
? Os países estarão representados nas suas línguas, com obras cedidas pelos nossos parceiros. O que é a Olimpíada? É um evento que nasce com o desejo de paz, um armísticio. Nossa missão é contribuir para a paz através dos livros, permitir que as crianças conheçam o outro a partir das suas histórias ? diz Beth.
A notícia que o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) tinha sido suspenso chegou durante a edição passada do Salão. Na época, a FNLIJ escreveu uma carta aberta pedindo que a decisão fosse revista, o que não aconteceu. Em 2015, apenas o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) adquiriu obras e até aumentou suas compras em comparação com o ano anterior. Beth questiona a opção pelos didáticos em detrimento das obras literárias infantis e juvenis. Ela lembra a longa tradição da literatura para crianças e jovens no Brasil, iniciada por Monteiro Lobato e seguida por Ziraldo, Ana Maria Machado e Lygia Bojunga:
? Quantitativamente, o gasto com o PNBE é muito menor do que o do PNLD. O livro didático não forma leitor, é o livro de literatura que vai formar o leitor. O exemplo está nos nossos índices de leitura. O PNBE foi criado em 1998 e teve continuidade. A suspensão é terrível. Para retomar um programa desses é complicado.