Capanema – As contratações da Usina Baixo Iguaçu não ocorrem no ritmo esperado pelas comunidades do entorno do empreendimento. Para dezembro estavam previstas 300 vagas, no entanto apenas 40 foram preenchidas por funcionários que já atuavam na obra antes de ela ser embargada pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região, em julho de 2014. Antes da paralisação das atividades, 1,8 mil pessoas trabalhavam na obra, e praticamente todas foram demitidas.
Nesta semana, outros 12 servidores foram recontratados. Segundo a gerente da Agência do Trabalhador de Capanema, Veranice Melo, os postos de trabalho disponibilizados se destinaram apenas a antigos funcionários, e até a tarde de ontem nenhuma nova vaga estava em aberto. As contratações suprem a demanda à continuidade dos serviços de terraplenagem e serviços elétricos.
A construção da UHE iniciou em julho de 2013 e a suspensão atrasou o início da operação comercial, que estava prevista para o fim de 2016. Com a renovação da licença de instalação, em agosto, a entrega estava prevista para 2017, porém, o consórcio empreendedor Neoenergia ainda não divulgou o novo cronograma. No pico da obra estão previstos três mil empregos diretos, preenchidos de forma gradual.
Capacidade
A hidrelétrica atinge Capanema, Capitão Leônidas Marques, Realeza, Nova Prata do Iguaçu e Planalto, que receberão, por tempo ilimitado, cerca de R$ 7 milhões ao ano como forma de compensação de uso dos recursos hídricos, que serão pagos assim que a usina entrar em operação. Capanema e Capitão recebem ainda o ISS gerado durante a obra, destinando R$ 12 milhões e R$ 5 milhões, respectivamente. Um milhão de pessoas serão beneficiadas pela produção de energia da Baixo Iguaçu.
Consórcio diz que trabalhos são gradativos
Em relação às contratações, o Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu informou em nota que o trabalho no canteiro de obras é intensificado de forma gradativa e, neste momento, equipes finalizam a estrada de acesso definitivo à usina. Além disso, foram iniciados trabalhos de escavação em rocha para o início da construção da fundação do vertedouro da hidrelétrica.
No entanto, não há número de vagas a serem preenchidas. Os estudos do Plano Ambiental de Conservação e Uso do Reservatório Artificial, que envolve a utilização do local onde será instalado o reservatório, foram iniciados. A próxima atividade construtiva, ainda de acordo com a nota, é o prolongamento da ensecadeira.
Levantamentos físico e topográfico para medição das áreas do futuro reservatório e inventário das benfeitorias de cada propriedade ainda não foram iniciados. A empresa não informou quando essa etapa será executada. A data de conclusão da usina e início da operação comercial não foram apresentadas pelo consórcio.