WASHINGTON ? Os republicanos do Congresso dos EUA avançaram nesta quinta-feira com seu plano para substituir a legislação de saúde conhecida como Obamacare, criada pelo ex-presidente Barack Obama em seu governo. Os democratas expressam preocupação com a provável mudança no governo do novo presidente, Donald Trump, por conta dos custos que a decisão poderá trazer. Duas comissões da Câmara de Representantes debateram o projeto até altas horas da noite, dois dias após o plano ter sido revelado por líderes republicanos. As novas ideias para a saúde receberam respaldo de Trump.
O projeto de lei é o primeiro desafio legislativo para Trump, cujo governo começou há menos de dois meses, quando o assunto é o sistema de saúde. O republicano já teve problemas para implementar de fato sua plataforma política, depois de ter assinado uma ordem executiva em janeiro para proibir a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana nos EUA. O decreto foi suspenso pela Justiça, e na segunda-feira o presidente assinou uma nova versão para o veto migratório ? desta vez, com o Iraque retirado da lista, com seis nações barradas.
Na campanha presidencial, Trump fez campanha com a promessa de desmantelar a legislação para saúde implementada por Obama. Condenado pelos republicanos desde que foi aprovado em 2010, o Obamacare permitiu que 20 milhões de pessoas obtivessem cobertura de saúde ? cerca de metade delas graças à expansão do programa de seguro do governo para os mais pobres.
Os democratas denunciam o projeto de lei como um presente para os mais ricos, alegando que é impossível debater um novo plano para a saúde sem conhecer seus custos.
?Os republicanos não deveriam avançar no Trumpcare até que o Congresso e o povo que representamos compreendam todo o alcance do seu impacto?, disse o senador democrata Chris Van Hollen, em nota.
Enquanto isso, os legisladores republicanos enfrentam a resistência da ala mais conservadora do seu próprio partido ? que diz que a nova lei, que criaria um sistema de créditos para convencer as pessoas a comprarem planos de saúde privados, não é suficientemente radical.