Cotidiano

Redução tarifária da energia de Itaipu virá com pagamento da dívida da usina

A apresentação técnica esmiuçou o cenário anunciado recentemente pelo diretor-geral brasileiro da Itaipu, general João Francisco Ferreira, que apontou queda na tarifa

Redução tarifária da energia de Itaipu virá com pagamento da dívida da usina

Foz do Iguaçu – A relação entre o pagamento da dívida adquirida para a construção da Itaipu Binacional e a redução da tarifa de energia gerada pela usina foi detalhada na plenária do Codefoz (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), que reuniu gestores públicos, vereadores, representantes da sociedade civil e empresários na última semana.

A apresentação técnica esmiuçou o cenário anunciado recentemente pelo diretor-geral brasileiro da Itaipu, general João Francisco Ferreira, que apontou queda na tarifa. Isso porque o financiamento para a formação da binacional, que hoje representa pouco mais de 60% das despesas da empresa, começa a ser quitado no próximo ano, sendo completamente zerado em 2024.

“Afirmamos com total tranquilidade que a tarifa da energia da Itaipu cairá. Parte do seu custo é dívida, que tem prazo definido para acabar. Desaparecendo essa dívida, o custo cai”, pontuou o chefe de gabinete da direção-geral brasileira da Itaipu, coronel Robson Rodrigues de Oliveira. “É uma equação simples que está respaldada no Tratado de Itaipu. É um compromisso de gestão para o qual estamos trabalhando”.

 

Sem dívida

O cálculo foi pormenorizado por Renata Tufaile, que abordou as bases financeiras do Anexo C do Tratado de Itaipu, assinado pelos governos do Brasil e do Paraguai em 1973. A técnica mostrou que o serviço da dívida para a construção da binacional já sofrerá redução ano que vem, essa queda será progressivamente maior em 2023, e o débito terminará em 2024.

“Todas as despesas da Itaipu, que incluem pessoal, custos operacionais, investimentos e a dívida da sua construção – a qual representa dois terços desses custos -, são pagas por meio da tarifa da energia”, elencou. “Em 2024, não teremos o pagamento do serviço da dívida, possibilitando a redução da tarifa”, indicou Renata.