Cascavel – A Ubam (União Brasileira dos Municípios) aguarda o fim do recesso no Congresso Nacional para propor, por meio da bancada municipalista, a prorrogação dos mandatos dos atuais prefeitos e a realização de eleições municipais apenas em 2018. A alegação é de que não há sentido realizar eleições em um período de tamanha crise.
A ideia, no entanto, é vista com antipatia até por beneficiários dele.
Sou contra, porque não tem clima hoje para fazer qualquer prorrogação, rechaçou o prefeito cascavelense Edgar Bueno.
É perda de tempo, pois não tem deputado que vote uma matéria como essa, ressaltou.
O presidente da Ubam, Leonardo Santana, justifica a proposta afirmando que a prorrogação evitaria gastos exorbitantes em um momento de crise. Segundo ele, o custo das eleições deste ano pode ultrapassar R$ 2 bilhões, recursos que poderiam ser destinados à saúde e ao combate à pobreza.
Pra se ter uma ideia, em 2012 o custo das eleições para prefeito e vereador foi o mais alto da história do País, com um total de R$ 597 milhões, incluindo primeiro e segundo turnos, contra R$ 480 milhões consumidos nas eleições de 2010 para presidente, governador, senador e deputado federal e estadual. R$ 117 milhões a mais foram gastos, o que é um absurdo, ilustrou.
Quebradeira
Para Leonardo Santana, a ideia da prorrogação que também beneficiaria os atuais vereadores – se coaduna com a necessidade de encarar a grave situação financeira enfrentada por 90% das 5.568 prefeituras do País.
Isso é fruto da falência do pacto federativo e da incoerência do governo da União, que há 12 anos vem promovendo um verdadeiro desfalque nas contas dos menores entes da Federação através de desonerações e pacotes de bondade às indústrias e distribuição de novas responsabilidades aos municípios, reforçou.