Cotidiano

Políticos já se preocupam com limitação dos gastos nas eleições

Um dos problemas será obter os recursos sem o financiamento empresarial

Cascavel – Os candidatos a prefeito e vereador terão como desafio adicional na campanha eleitoral deste ano enquadrar os gastos dentro dos novos limites estabelecidos. Um dos problemas será obter os recursos necessários sem o financiamento empresarial, que foi proibido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em contraponto à reforma política aprovada pelo Congresso.

Na opinião de pré-candidatos cascavelenses ouvidos por O Paraná, essa mudança vai levar a uma campanha não só “franciscana”, mas também mais acirrada na medida em que as estruturas serão mais parecidas que em eleições anteriores.

O próprio TSE (Tribunal Superior Eleitoral) reconhece que o fim do financiamento privado irá baratear as campanhas e combater a influência do poder econômico nas eleições, bem como na administração pública por meio da famigerada “troca de favores”.

Para o presidente do PSC, Alcir Pelissaro, isso tornará a campanha mais transparente.

“Vamos ter que nos organizar e trabalhar com o que a gente vai arrecadar com os apoiadores do nosso candidato a prefeito Leonaldo Paranhos”, afirmou.

“É uma mudança positiva, porque muitos candidatos buscavam recursos e acabavam assumindo compromissos com empresas. Isso não é saudável, nem interessante”, analisou Marcos Vinícius Pires de Souza, presidente do PSB e pré-candidato a prefeito.

Também postulante à Prefeitura, o deputado Marcio Pacheco (PPL) é outro que aprovou a mudança.

“Agora o candidato deve conquistar o voto do eleitor com propostas convincentes”, disse, ressaltando como “fator extremamente positivo a diminuição da influência do poder econômico”.