
– Não tenho problema nenhum. Recebi todos os grandes empreiteiros, todos eles conversaram comigo, de todas as obras. Tive minha vida virada do lado do avesso na Lava-Jato. A Polícia Federal pediu arquivamento. Então, eu tenho muita tranquilidade quanto a isso – afirmou Pezão no Palácio do Planalto, no intervalo de reunião do presidente Michel Temer com governadores e os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Rodrigo Maia.
Pezão confirmou que, como secretário, conversava frequentemente com empreiteiros e cuidava de obras, incluindo o Maracanã, mas ressaltou que não cometeu irregularidades.
O estádio foi orçado inicialmente em R$ 700 milhões, mas o valor passou para R$ 1,2 bilhão depois de 14 termos aditivos. Se for confirmada propina de 5%, Cabral teria recebido cerca de R$ 60 milhões, segundo as investigações.
O secretário de Obras que sucedeu Pezão na pasta foi Hudson Braga, também preso no âmbito da Operação Calicute, da Lava-Jato. Em depoimento à PF protocolado nesta segunda-feira, Cabral disse que era constantemente acompanhado dos secretários em reuniões com empreiteiras.