
O executivo destacou que a Lei das Estatais, que exige que indicados para a diretoria executiva tenham experiência mínima de dez anos em liderança, veio ajudar a implementação da política interna da Petrobras, que já vinha sendo adotada pela atual gestão da petroleira desde o ano passado.
? Estamos escrevendo as regras em pedra, para que essa política seja feita posteriormente pela Petrobras, independente de mudanças em sua gestão ? afirmou ele.
A política da Petrobras é mais restritiva do que a Lei das Estatais, porque exige cinco anos anos de experiência em gestão em empresa de porte semelhante ao da petrolífera.
Segundo a política da Petrobras, qualquer indicação para os cargos de diretor e para assento no Conselho terão que ser analisados pelo Comitê de Remuneração e Sucessão da empresa, que teve suas atribuições alteradas para assumir essa nova função. Todos os indicados terão que passar também pelo teste de integridade, que verifica antecedentes, como o que foi feito com o atual presidente da companhia, Pedro Parente.
Perguntado se Paulo Roberto Costa e Renato Duque, ex-diretores da Petrobras que figuram entre os principais participantes do esquema de corrupção na Petrobras revelado pela Operação Lava-Jato, teriam sido aprovados nesses processos de avaliação, ele não comentou. Costa e Duque eram funcionários de carreira da estatal.
? Não fizemos a análise para ver se eles passariam, porque teriam que ter passado pelo teste de integridade, que não foi feito. Não foi feita essa análise para trás. Mas acreditamos que temos novos elementos para avaliarmos novas questões ? disse.