Cotidiano

Monstros do passado ainda rendem bilheterias consideráveis

LOS ANGELES ? Em Hollywood, tudo se cria e se copia. Em maio de 2014, a parceria entre a Warner e a Legendary (da trilogia ?Batman: o cavaleiro das trevas?) viu o retorno de ?Godzilla? se transformar em estrondoso sucesso. O filme de Gareth Edwards teve orçamento de US$ 160 milhões e só de bilheterias mundo afora embolsou US$ 730 milhões. Por que não repetir a receita com outro monstro vintage? Os dois estúdios ainda levaram em conta os resultados da primeira produção de Peter Jackson após a trilogia ?O senhor dos anéis?. Sua versão de mais de 3 horas de ?Kong? foi produzida em 2005 por US$ 207 milhões e saiu de cartaz nos cinemas com US$ 770 milhões nos cofres dos produtores.

Depois de alguns tiros n?àgua ? pularam fora do projeto o diretor inglês Joe Cornish, de ?Ataque ao prédio? (2011), e os atores Michael Keaton e J.K.Simmons ?, a força do elenco e os efeitos especiais são os principais trunfos da produção estimada em US$ 200 milhões. No agregador de críticas rottentomatoes.com, o filme recebeu avaliação positiva de 82%.

Assumida versão de luxo de um B-movie, ?Kong? ainda apresenta, à la ?Jurassic park?, outros monstros vivendo na Ilha da Caveira, importantes para o desenrolar da história. Decididamente sem medo das referências (há ainda ?Predador?, ?Platoon? e o cinema pop japonês) e com o foco na ação e impressionante recriação, pelos magos da Industrial Light & Magic, de um Kong de 30 metros, o filme namora a ecologia e até dispensa Nova York, mas termina com um aceno para a possível continuação urbana da história. A máquina de fazer dinheiro da indústria do cinema americano, afinal, não pode parar.