Cotidiano

Líderes afirmam: Ano de 2016 vai exigir mais que superação

Tirar o País do atoleiro será uma tarefa monumental

Cascavel – Subtraindo os apaixonados pela causa e os fundamentalistas, o ano de 2016 ainda sob o comando de Dilma Rousseff (PT) provoca todo tipo de medo na grande maioria dos brasileiros.

As sucessivas trapalhadas de pessoas despreparadas para o poder associadas ao enorme apetite para a improbidade fazem do Brasil, aquele que no passado diziam que o era o país do futuro, uma grande decepção mundial. Nem de longe reúne mais as condições que, há alguns anos, o colocavam na dianteira dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Os desafios para 2016 são gigantescos e as perspectivas não são boas, diz o economista José Filippon, que dá uma ideia do tamanho da encrenca:

“O Brasil mergulhou em uma crise sem precedentes, produto de uma combinação mortal: falta de ética, insegurança, depressão econômica, inflação e turbulência política. Os desafios diante desse quadro, alcançam  proporções de extrema complexidade”.

E segue:

“Ano após ano, estamos perdendo oportunidades. Estamos paralisados diante da crise. Um falso discurso enganou a todos nesta última década”.

Elementar

Para Filippon, a superação de um cenário tão ruim passa urgente e necessariamente por uma mudança nos que gerem e representam o País, que é reduzir gastos. E ainda, segue o economista, criar um ambiente favorável ao crescimento da economia.

Sobra de dinheiro

O presidente do Conselho Superior da Faciap, Rainer Zielasko, que é de Toledo, considera o equilíbrio do orçamento público como um dos maiores desafios de 2016.

“É só colocar em prática a lógica de gastar menos do que arrecada”.

Rainer entende que se o governo adotar um eficiente e coeso modelo de gestão, vai sobrar dinheiro. Gestão séria e combate da corrupção são ingredientes para ter dinheiro a investimentos em infraestrutura, saúde, segurança e educação.

Crise está ligada às decisões do governo

O ex-presidente da Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel), José Torres Sobrinho, afirma que o Brasil vive uma crise generalizada como raramente se viu na história de mais de 500 anos do País. O eixo central de problemas sérios agravados principalmente de 13 anos para cá está, de acordo com ele, na falta de credibilidade de pessoas que foram eleitas para funções das mais importantes.

“Infelizmente, há muitos que, em vez de dar exemplo de nacionalismo, preferem chegar lá e tirar proveito de sua proximidade com o poder”.

Para Torres, a crise econômica está diretamente atrelada às decisões de governo. Assim, o maior desafio para o próximo ano será recuperar a credibilidade e promover enxugamento da máquina pública. O dinheiro do contribuinte, segundo o empresário, precisa ser tratado com respeito e aplicado com responsabilidade. A honestidade deve vir acompanhada de gestão eficiente e de planejamento.

(Com informações de Jean Paterno)