Cascavel – O trabalho de retirada dos sedimentos do Lago Municipal de Cascavel, que é a sujeira acumulada durante anos em um dos principais reservatórios e cartão postal da cidade, está a todo vapor. Desde o início dos trabalhos, nos primeiros dias de março, já foram retirados cerca de 9 mil metros cúbicos de resíduos do total de 21,5 mil previstos para serem retirados do local. A previsão é concluir os trabalhos até o mês de agosto, dependendo dos períodos de período de chuva.
De acordo com a Sanepar, que é responsável pela a obra, os serviços estão ocorrendo conforme com o planejado e o sistema de dragagem continua trabalhando em potência máxima de sucção, que atinge cerca de 100 metros cúbicos por hora. O trabalho está sendo feito por meio de dois motores, que fazem o bombeamento da sujeira que é levada por um verdadeiro duto composto por 350 tubos de 12 metros cada um até um terreno que fica no Bairro Cascavel Velho, há 3,5 mil metros de distância do lago.
O terreno, que é de propriedade do Município, está recebendo toda a sujeira e depois de concluída a retirada dos sedimentos, terão que ter uma destinação adequada. Bolsões foram criados para a colocação dos sedimentos que está bastante visível para quem passa pelo local. Os testes da dragagem começaram em janeiro, mas apenas no começo de março é que a sujeira começou ser retirada, há um pouco mais de 60 dias.
Segundo a Sanepar, o cronograma está dentro do previsto e atende a 70 condicionantes apontadas pelo IAT (Instituto Água e Terra). A proposta é aumentar a vida útil do lago, um dos maiores reservatórios do país, dentro do perímetro urbano, contendo uma lâmina d’água equivalente a 39 hectares de área. Em níveis, o lago comporta até 4 bilhões de litros de água oriundas das nascentes do Rio Cascavel.
De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente de Cascavel, Nei Haveroth, que acompanha os serviços, a retirada da sujeira está considerando pontos específicos e de resíduos acumulados não originais do reservatório. Existia a expectativa de que o local, que é utilizado para as tradicionais caminhadas e corridas pela população, tivesse que ser fechado por alguns momentos, o que ainda não foi necessário.
A previsão é as obras complementares de instalação de taludes, recomposição de pavimentos, plantio de mudas e grama, além do resgate da fauna serão feitas, gradativamente, ao longo da execução do desassoreamento, devendo ser concluídas até novembro ou dezembro. O serviço está sendo executado pela Construtora Hamirisi, pelo valor de R$ 3.870 milhões.
A proposta é que depois de pronta, além de limpo, o Lago Municipal retome características originais, como era quando foi criado, em 1980. O último desassoreamento foi realizado entre 2008 e 2010, quando, segundo a Sanepar, foram retirados 108.000 m³ de lodo.
Foto: Assessoria/Sanepar
