Conhecida por seu potencial de gerar epidemias e pandemias, a gripe é uma infecção aguda causada pelo vírus influenza, que afeta o sistema respiratório e pode provocar complicações graves. Existem três tipos de vírus influenza em circulação: A, B e C. Os vírus A e B são responsáveis por epidemias sazonais e o tipo C causa apenas infecções respiratórias leves, não impactando na saúde pública e não estando relacionado com epidemias.
Apesar de o influenza A ser o responsável pelas recentes pandemias, um estudo feito pela UFPR (Universidade Federal do Paraná) em parceria com a Sanofi Pasteur, que coletou dados entre 2013 e 2016, revelou que, no Paraná, o influenza B tem influenciado nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – quando a gripe se torna grave e os pacientes apresentam dificuldade respiratória e necessidade de hospitalização – e nas taxas de mortalidade.
Das 379 amostras selecionadas, 98% das linhagens foram caracterizadas como Yamagata e Victoria (subtipos da cepa B). Os anos com mais registros de gripe B foram 2013 e 2015, o primeiro com mais casos de SARG nos últimos dez anos e os grupos mais afetados foram mulheres e jovens adultos, sem diferença entre os grupos étnicos, independentemente da sua condição de risco.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, até setembro de 2018 foram confirmados 4.075 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, sendo 638 (15,7%) causados pelo vírus Influenza e 3,6% devido ao subtipo B.