SÃO PAULO ? A rapper Karol Conka, de 29 anos, virou, de repente, a queridinha da turma da moda. Veste looks de passarela de grifes badaladas como Ellus e Reinaldo Lourenço; é convidada para desfiles concorridos, como o de estreia na última edição de São Paulo da marca À La Garçonne (dirigida pelo casal comandada pelo casal Alexandre Herchcovitch e Fábio Souza); e aparece em ensaios de revistas do meio. Seu visual é forte: as unhas são decoradas e os cabelos são um acontecimento. No dia desta entrevista, por exemplo, ela estava com tranças compridas (efeito de um alongamento com jumbo) e tingidas de rosa.
? Faço o meu cabelo com um amigo de Curitiba (terra natal da cantora) e leva 12 horas para ficar pronto. E troco a cada duas semanas. Sou perfeccionista ? explica Karol, do hit “Tombei”.
A rapper conta que usa a moda para passar sua mensagem.
? A música é a expressão do coração e a moda também é uma forma de expressar o que a gente sente. Moda e música estão sempre ligadas. Um desfile precisa de uma trilha. E eu preciso de um look que expresse o que quero dizer numa música ? comenta.
‘SOU ATREVIDA’
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Karol usa o visual esportivo da Ellus com a mesma desenvoltura que veste a elegância de Reinaldo Lourenço. Ela acrescenta que Alexandre Herchcovitch é um de seus estilistas favoritos.
? Sou muito atrevida e aventureira ? justifica. ? A primeira coisa que aprendi foi: você tem que segurar o look, saber carregar a peça. Consigo ir do street ao sofisticado de uma maneira bem tranquila, sem perder a minha personalidade. Sem deixar de ser eu. Minha música é mais pesada, meu humor é ácido e minha personalidade é forte. Acho que tem espaço para uma pessoa como eu na moda.
Rebelde, eu?
Karol Conka diz que soube desde criança que “causaria um espanto” e que foi expulsa de um colégio por ter uma opinião.
? Fui expulsa da escola por achar que o método de ensino estava errado ? observa. ? A sociedade não sabe lidar com pessoas de opinião forte, acha que é um sinal de rebeldia. E no fim das contas a gente acaba ficando rebelde por ser mal compreendido.
