Foz – Os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem são dois milhões de profissionais no Brasil. No Paraná são 84 mil, maior força de trabalho na saúde no estado e no País. O Conselho Federal de Enfermagem e os Conselhos Regionais de Enfermagem, juntos, lutam pelo fim do ensino de Enfermagem a distância, escandalosamente, segundo os líderes do setor, autorizado pelo Ministério da Educação. Já são mais de 58 mil vagas de graduação em Enfermagem a distância oferecidas no Brasil.
O Conselho Regional de Enfermagem do Paraná com o tema Uma profissão que lida com a vida não pode ser ensinada a distância promove audiências públicas no dia 6 de abril na Câmara de Vereadores de Londrina e no dia 20 de abril na Câmara de de Foz do Iguaçu.
A iniciativa busca o apoio da sociedade para a defesa da qualidade da formação dos profissionais de Enfermagem. No ano passado, o Cofen desencadeou a Operação Ensino a Distância, constatando condições precárias de oferta nos cursos de enfermagem a distância. A operação envolveu 118 fiscais e 315 visitas em polos de apoio presencial, que em sua maioria não oferece sequer condições para a prática de estágio supervisionado.
A quem interessa?
O relatório final da referida operação foi encaminhado ao Ministério Público Federal, que abriu inquérito para apurar a situação e cópias do documento foram remetidas ainda ao Ministério da Educação, ao Conselho Nacional de Saúde, ao Conselho Nacional de Educação, ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa e ao Congresso Nacional, para conhecimento e providências.
Parecer
O Projeto de Lei 2891/2015, proposto pelo Cofen, já recebeu parecer favorável da Comissão de Educação da Câmara Federal, proíbe a graduação de Enfermeiros e formação de Técnicos na modalidade EaD, e promove debate naquela Casa sobre a quem interessa Enfermagem com ensino a distância, se não aos grandes grupos internacionais da educação, que objetivam, antes e acima de tudo, o lucro?