Cascavel e Paraná - Toda obra causa transtorno — essa máxima já virou quase um mantra de toda administração municipal. Afinal, dizem que piora antes de melhorar. E, claro, ninguém é contra melhorias, mas os empresários se preocupam ao ver a clientela desaparecer em meio a buracos, tapumes e desvios criativos. Essa é a realidade na Avenida Assunção, que passa por uma necessária reestruturação.
A obra inclui recapeamento asfáltico e serviços de drenagem, num trecho entre a Praça da Bíblia e a Avenida Tancredo Neves, na região Oeste da cidade. A Prefeitura garante que o ritmo é “acelerado”, o que, no idioma da engenharia pública, significa que em algum momento, no futuro próximo (ou não), tudo ficará maravilhoso. Enquanto isso, comerciantes da região seguem testando a resiliência financeira e a fé no progresso.
A Avenida Assunção não é qualquer via: ela liga bairros, dá acesso a escolas, hospitais, comércios e carrega diariamente um vaivém de gente e veículos. Por isso mesmo, qualquer intervenção vira uma operação delicada. Segundo o secretário de Serviços e Obras Públicas, Severino Folador, já foram executados 60% dos trabalhos. Ele garante que o cronograma está em dia, o que, considerando a fama desses cronogramas, é uma boa notícia. A primeira etapa, entre a Tancredo e a Cuiabá, deve ser entregue nos próximos 15 dias, e o restante até o final de setembro — ou seja, daqui a mais 30, 40 dias, ou talvez um pouco mais… dependendo da boa vontade do tempo.
Avanços
O engenheiro Rodrigo Braga também é otimista e disse que alguns trechos já estão prontos e que a parte viária estará liberada entre 45 e 60 dias. A urbanização, especialmente na frente dos comércios, vai exigir um toque mais “individualizado”, o que soa elegante para “devagar e com cautela”.
Já o prefeito em exercício, Henrique Mecabô, vai além: pensa na Cascavel de 20 ou 30 anos. “A comunidade vai ficar satisfeita com o resultado”, garante.