Cotidiano

Desassoreamento: obra para limpar cartão postal está pronta para começar

O secretário municipal de Meio Ambiente, Nei Haveroth, lembrou que o projeto tem duas fases principais, sendo a primeira de estudos e de levantamento dos impactos e que agora com o projeto finalizado, apresentado e a empresa contratada, chegou a hora de começar a obra

Desassoreamento: obra para limpar cartão postal está pronta para começar

 

 

Cascavel – Uma das obras mais esperadas na área de meio ambiente da cidade está prestes a iniciar e, depois de concluída, promete dar uma “nova cara” ao principal cartão postal da cidade: o Lago Municipal de Cascavel. O projeto de Desassoreamento e Estudo Hidrológico do Lago Municipal foi apresentado na tarde de ontem (6), no auditório da Prefeitura de Cascavel durante a abertura da Semana do Meio Ambientes, no Workshop de Gestão de Recursos Hídricos e Cuidados com a Água.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Nei Haveroth, lembrou que o projeto tem duas fases principais, sendo a primeira de estudos e de levantamento dos impactos e que agora com o projeto finalizado, apresentado e a empresa contratada, chegou a hora de começar a obra. “Esta obra é muito importante para zelar por um dos principais espaços de água potável da cidade, por isso, vem de encontro com a importância do tema da semana em que tratamos de temas bem específicos”, disse o secretário.

Raul Alberto Marcon, coordenador de Gestão de Reservatórios e Mananciais da Sanepar, disse que as obras iniciam nas próximas semanas e que serão retirados cerca de 21,5 mil metros cúbicos de sedimento, ou seja, material composto por lodo, areia, solos e cascalhos. Para conseguir tirar toda essa “sujeira” que fica principalmente nas entradas de água, um grande esquema será montado com a condução de uma tubulação do lago até um terreno cerca de 1,8 mil metros, um terreno que receberá o material para ser feita a recuperação da área degradada.

Todo o serviço será feito por uma empresa, a Construtora Hamirisi, da cidade de Piraquara, que venceu a licitação pelo valor de R$ 3,870 milhões para realizar a obra que tem prazo total de 12 meses para ser concluída. Segundo Marcon, o trabalho de retirada do sedimento deve levar no máximo 6 meses, depois iniciam as obras de contenção do lago que tem um total aproximado de 2 milhões de metros cúbicos de água.

Ele lembrou que a obra vai ajudar na conversação do manancial, que é o principal abastecedor de água da cidade que além do Rio Cascavel, conta com a água dos rios Peroba, Saltinho e São José. “A ideia é deixar o lago tão limpo quando no seu início”, explicou o coordenador. O Lago Municipal foi formado em 1980.

 

Proteção

O diretor da Secretaria de Meio Ambiente, Aílton Lima, explicou ainda que além da limpeza que será um grande ganho para o Lago, terá ainda a construção de barreiras, caixas de contenção, como se fossem “paredes de pedra”, para evitar que ocorra novamente o assoreamento. O último desassoreamento aconteceu entre 2008 e 2010 quando, segundo a Sanepar, foram retirados 108.000 m³ de lodo. Desde então, uma grande quantidade de sujeira acabou mudando o cenário do principal cartão postal da cidade.

Ele explicou ainda que durante a obra o Lago não será fechado, terá alguns pontos de interdição devido ao andamento dos trabalhos e que devido a todo estudo que foi realizado, terá o mínimo impacto em relação aos animais e ao próprio meio ambiente. “Vamos acompanhando e tentando lidar da melhor forma com isso. O que precisamos é que a população ajude nessa fase de trabalhados no local”, reforçou.

Em Cascavel, existem 1,3 mil nascentes que estão sob o solo e que desempenham papel fundamental para o abastecimento das três bacias hidrográficas que se encontram na região: Iguaçu, Piquiri e Paraná. Existe um trabalho constante na preservação dessas nascentes, através da parceria com a Itaipu Binacional, tanto na área urbana quanto na rural.

 

Crédito: Sanepar

 

Plano de Manejo do Lago

Outro projeto importante e que está em andamento é o Plano de Manejo do Lago, que está sendo finalizado e será apresentado para apreciação final do Comam (Conselho Municipal de Meio Ambiente), atendendo a lei federal e ao Sistema Nacional de Unidade de Conservação. O plano é o “manual de instrução” do Lago, com informações da fauna e flora e de qual a melhor forma de ampliar e preservar a qualidade de vida do local.

No projeto existe a intenção de a Secretaria de Meio Ambiente deixar duas ilhas na cabeceira do cartão postal para se tornarem pontos de refúgio para os animais.