Cotidiano

DER publica classificação da licitação das terceiras faixas na PR-323, no Noroeste

Obras acontecerão entre Doutor Camargo e Iporã

DER publica classificação da licitação das terceiras faixas na PR-323, no Noroeste

O DER-PR (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná) divulgou nesta sexta-feira (5) a classificação da licitação de terceiras faixas na PR-323, entre Doutor Camargo e Iporã, na região Noroeste. Treze empresas e consórcios apresentaram propostas e as cinco melhores variam entre R$ 59.359.057,46 e R$ 64.999.369,92. A proposta máxima original era de R$ 81.815.643,94.

Essas empresas foram indicadas para a próxima fase do certame, que é a abertura dos envelopes com os documentos de habilitação, marcada para o dia 17 de fevereiro, às 14 horas. Após o anúncio da vencedora, abre um período de cinco dias úteis para recursos e outros cinco dias úteis para contrarrazões aos recursos, caso algum seja interposto. Os passos seguintes, se não houver intercorrências, são a homologação, a assinatura de contrato e a ordem de serviço.

A PR-323 está incluída em um dos lotes da nova concessão rodoviária do Paraná, mas o objetivo da licitação é antecipar o benefício aos usuários, gerando mais segurança e facilitando o escoamento da produção do Centro-Oeste do País e do Noroeste do Estado. “Essa iniciativa pretende reduzir os acidentes, principalmente os que têm consequências fatais, em uma rodovia que tem histórico muito grande de problemas”, disse o secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex.

Segundo o edital, as terceiras faixas serão implementadas nos pontos onde acontecem as ultrapassagens mais perigosas e nos locais em que há inclinação da pista. Serão 23 segmentos nos municípios de Cafezal do Sul, Iporã, Cianorte, Cruzeiro do Oeste, Doutor Camargo, Perobal, Tapejara, Terra Boa e Umuarama. As obras envolverão, ao todo, 24,3 quilômetros. O prazo de execução será de 360 dias.

A licitação integra o programa de Ampliação de Capacidade e Segurança Viária do DER-PR, que prevê, ainda, alargamento de faixa, reabilitação do pavimento com soluções de reciclagem e pavimentação, eliminação de degraus com desnível maior que cinco centímetros, reforço da sinalização horizontal e vertical e implantação de mais dispositivos de segurança. Também haverá melhorias na drenagem da rodovia e remoção de perigos às margens da via.

“São intervenções em pontos críticos para melhorar as condições de trafegabilidade e de segurança com a maior brevidade possível. A PR-323 é uma das nossas prioridades e a estimativa é de concluir todos os serviços em pouco menos de um ano”, destacou o diretor-geral do DER/PR, Fernando Furiatti. De acordo com o projeto, a média diária de trânsito é de mais de 3 mil veículos por dia, com projeção de ultrapassar 4 mil nos próximos anos.

Os recursos para executar a obra são do programa Avança Paraná. O Governo do Estado captou junto a um consórcio de bancos R$ 1,6 bilhão para obras estruturantes em 2020. O projeto executivo foi desenvolvido com recursos do Tesouro Estadual.

 

Segurança

Nesse segmento da PR-323, de acordo com o projeto executivo, foram registrados 2.124 acidentes entre 2016 e 2019, que totalizaram 1.068 feridos e 131 vítimas fatais. Houve um aumento no número de acidentes da ordem de 58,4% entre a média dos anos 2016 e 2017 e dos anos 2018 e 2019 e uma taxa média de crescimento do número de vítimas fatais, a partir do ano de 2017, igual a 18,3%.

 

PR-323

A PR-323 é um dos principais corredores de transporte de carga no Paraná, ligando a região Noroeste ao Oeste e ao Norte, e também São Paulo. Além das obras previstas nesse contrato há outras três grandes intervenções previstas para a rodovia.

Está em fase de conclusão a duplicação da rodovia entre Paiçandu e Doutor Camargo, com uma extensão de 20,7 quilômetros, e em fase de assinatura de contrato a continuidade da duplicação de Doutor Camargo até a ponte sobre o Rio Ivaí (essa obra deve começar ainda no primeiro semestre). Também há uma licitação em andamento da duplicação no trecho entre Umuarama e a PR-468, que inclui um viaduto no Trevo do Gauchão.

 

Fonte: AEN