Cotidiano

Controle da dengue em Cascavel não exige Fumacê

Resultado do Liraa 2016 apontou aumento de 200% em relação a janeiro de 2015

Cascavel – Com sete casos confirmados de dengue, três autóctones e quatro importados desde agosto do ano passado, Cascavel vive uma situação bastante preocupante, uma vez que possui quatro notificações para a febre chikungunya e seis para o zika vírus. Segundo o último levantamento feito pela Sesa (Secretaria Estadual de Saúde) do Paraná, a cidade é considerada de “risco médio” e a população precisa tomar cuidado.

Mas, o que fazer para tentar minimizar esses riscos? Além de cuidar do próprio quintal e do vizinho, há alguns anos é feito o chamado fumacê, que é aquele carro que passa por várias ruas da cidade aplicando veneno para matar o mosquito transmissor das doenças Aedes aegypti.  Porém, em Cascavel, há meses isso não é visto.

A reportagem do O Paraná entrou em contato com a Secretaria de Saúde e questionou o motivo e, segundo o coordenador do Controle de Endemias, Emerson Carlos Ferreira, o fumacê é feito com autorização da 10ª Regional de Saúde.

“Os veículos são usados somente em cidades onde há epidemia ou surtos. Já nos locais onde existem casos da doença, é feito o bloqueio, com o uso das bombas costais”, explica.

Conforme Emerson, o produto mata o mosquito que está voando e não os focos.

“Para isso são feitas as visitas nos domicílios e, caso necessite, as equipes realizam o bloqueio nos quarteirões”, complementa.

O coordenador comentou ainda que hoje será divulgado pela Secretaria de Saúde o resultado do primeiro LIRAa (Levantamento do Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti) de 2016. As visitas nos quase quatro mil domicílios encerraram ontem e a perspectiva é de que o índice de infestação seja maior do que na última pesquisa, feita em outubro.

“Janeiro é um mês onde mais focos e casos aparecem e, com esse período de chuva que estamos vivenciando nos últimos meses, a situação deve ser pior e merece muita atenção”.