Curitiba – O varejo paranaense teve nova queda no Paraná em fevereiro. O faturamento foi 2,48% menor na comparação com o mesmo mês de 2015. Em relação a janeiro, houve redução de 3,68% e no bimestre acumula baixa de 8,36%. Os dados são da Pesquisa Conjuntural da Fecomércio PR (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná).
As lojas de departamentos amargaram os piores resultados, com -26,54% ante fevereiro do ano passado e -27,73% no acumulado do ano. Isso porque este setor, que comercializa bens de maior valor agregado, como eletrônicos e eletrodomésticos, deixou de ter os incentivos governamentais para linha branca e dependente da concessão de crédito para que o consumidor possa parcelar as compras.
Por outro lado, o ramo de vestuário e tecidos registrou alta de 7,37% nas vendas em relação a fevereiro passado. O setor também é o único a apresentar alta nos dois primeiros meses do ano, com elevação de 5,45%. Os supermercados (3,94%) e o comércio de móveis, decorações e utilidades domésticas (2,75%) também tiveram saldo positivo em fevereiro.
De acordo com o presidente da Fecomércio PR, Darci Piana, o ano começou ainda mais difícil para o comércio paranaense, em função da instabilidade política e da crise econômica. O consumidor paranaense está descapitalizado e com receio de comprar, tanto que o consumo médio das famílias reduziu drasticamente. Se o governo continuar encurralado pelo embate político, sem mudanças significativas na condução da economia, a crise seguirá seu curso por mais um período, com perdas maiores nos bens de consumo duráveis, como os eletrônicos, dependentes da concessão de crédito e sujeitos a taxas de juros mais altas, avalia.