Cotidiano

Casos de raiva sobem para 36 na região de Cascavel revelam números da Adapar

Casos de raiva sobem para 36 na região de Cascavel revelam números da Adapar

Cascavel – E o número de casos de raiva não para de aumentar na regional da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) em Cascavel. No levantamento apresentado no dia 25 de agosto, Cascavel contava com 19 propriedades com animais positivados, além de cinco em Catanduvas, dois em São Miguel do Iguaçu e um em Ibema.

Passados 19 dias desde a última apuração, na região de Cascavel, Catanduvas, Ibema e São Miguel do Iguaçu, já são 30 focos e 36 casos confirmados. Deste total, 30 são bovinos, cinco equinos e um morcego não hematófago. “É importante ressaltar que as propriedades onde estão acontecendo focos neste ano, são propriedades que não procederam a vacinação após os focos do ano passado e que sem vacinação, os animais continuarão morrendo”, alerta a médica veterinária Elzira Jorge Pierre, do Programa de Controle da Raiva, EEB (Encefalopatia Espongiforme Bovina) e Bem-estar Animal.

Em todo o Paraná, conforme dados obtidos junto à Adapar em Curitiba, são 74 focos de raiva com base em informações repassadas pelo Centro de Diagnóstico Marcos Enrietti. Do total de 86 casos positivados, 71 são em bovinos, nove em equinos, um ovino, um caprino e quatro em morcegos hematófagos. Os casos foram registrados em 29 municípios.

“Arma única”

Para a Adapar, a vacina é a única forma eficaz para a prevenção da doença. O fato de fazer o controle dos morcegos, não vai impedir o vírus de circular, tampouco mudar o hábito alimentar desses morcegos que sobrevivem exclusivamente de sangue. Embora essa vacina não seja obrigatória, seu custo baixo é infinitamente inferior ao valor de uma cabeça de gado. O correto, conforme a Adapar, é aplicar uma dose a partir dos 3 meses de idade, fazer um reforço após 21 a 30 dias e revacinar anualmente os animais. Outro alerta importante: os produtores não peguem os morcegos, pois além de serem animais protegidos pela legislação animal, têm o hábito de se lamber para a higienização, como os gatos e se estiverem contaminados com o vírus da raiva, a pessoa ao tocar um morcego, pode se contaminar também. Os servidores da Adapar são treinados e vacinados contra a raiva para poderem trabalhar com o controle dos morcegos hematófagos e com os animais doentes.

Foto: Adapar