Cotidiano

Baixo Iguaçu: Hidrelétrica gera 800 empregos em seis meses

Depois de longa espera, contratações começaram a dar sinais de recuperação

Capanema – As obras da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu, entre Capanema e Capitão Leônidas Marques, pouco avançaram depois do embargo expedido pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª região, em junho de 2014.

Segundo o Consórcio Empreendedor Neoenergia, responsável pelo empreendimento, antes da paralisação 30% do cronograma estava concluído. No entanto, depois da retomada das atividades, não houve aumento significativo neste percentual.

Apesar de as obras caminharem a passos lentos, depois de um longo período de espera as contratações começaram a dar sinais de recuperação. A construção da hidrelétrica, que atualmente está em fase de concretagem da área de montagem e casa de força, escavação da fundação do vertedouro e do lançamento da ensecadeira, já depende de mão de obra expressiva.

Desde agosto passado, quando o IAP (Instituto Ambiental do Paraná) renovou a licença de instalação da usina, cerca de 800 pessoas foram contratadas para o canteiro de obras, com maior volume em fevereiro, com 528 admissões. O empreendedor afirma que o objetivo é de retomar o ritmo que havia no auge da obra, antes da paralisação. Neste período, 1,8 mil trabalhadores atuavam no local.

Setores

A retomada efetiva das obras ocorreu somente três meses após a entrega da licença, em novembro de 2015. A maior parte dos funcionários contratados neste ano já trabalhavam na obra antes do embargo. Até o momento os setores que mais demandaram mão de obra são as frentes de trabalho que envolvem as atividades de concretagem, escavação e melhoria dos acessos à obra.

O Consórcio Neoenergia esclarece que a abertura de vagas nas agências do trabalhador de Capanema e Capitão Leônidas Marques, onde estão instalados os escritórios regionais do empreendedor, depende de novo cronograma, que até o momento não foi finalizado e se encontra em processo de planejamento.

A revisão do cronograma foi necessária por conta dos 16 meses em que a obra ficou parada. Conforme o diretor-presidente do Consórcio Neoenergia, Felipe Moreira, não há indícios de que o empreendimento seja novamente paralisado.

“Mantemos um contato direto com o IAP, que cobrava proativamente para que todas as condições ambientais que uma obra desse porte exige fossem cumpridas, além de atender a demanda do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade) para garantir a proteção ao Parque Nacional do Iguaçu. É claro que uma construção como esta pode trazer impactos ao meio ambiente, mas todos os programas serão executados em sua plenitude”, explica Moreira.

A obra

A instalação da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu ocorre entre as cidades de Capanema, Capitão Leônidas Marques, Realeza, Nova Prata do Iguaçu e Planalto. A obra terá capacidade para abastecer um milhão de pessoas e recursos de R$ 7 milhões por ano aos municípios atingidos como forma de compensação do uso de recursos hídricos.