
Em 27 de maio, o ministro Marcelo Calero garantiu, em entrevista à “Folha de S.Paulo”, que não tomaria medidas deste tipo. No entanto, 54 dias depois, a assessoria do Ministério informou que os manifestantes, contrários ao governo do presidente interino Michel Temer, não se mostraram dispostos a chegar a um consenso. Uma obra no valor de R$ 20 milhões a ser realizada no Palácio Capanema e os danos ao patrimônio da Funarte também foram elencados como motivos para a mudança de estratégia.
Os manifestantes cariocas, por outro lado, prometeram permanecer no local e prosseguir com a programação cultural. Desde o início da ocupação, artistas como Caetano Veloso, Arnaldo Antunes, Frejat e Otto já se apresentaram no lugar. Em uma publicação no Facebook, o movimento Ocupa MinC divulgou um comunicado:
“Resistimos por mais de dois meses, e até aqui promovemos mais de mil atividades gratuitas. Diversas atividades artísticas, seminários, ‘planetárias’ , shows, aulas, debates, e oficinas de capacitação formando uma rede sustentável com programação rica em diversidade cultural, criando um ambiente de troca e aprendizagem onde as políticas públicas socioculturais são exercidas por e para a população”, diz o texto.
Espalhado por diversas capitais, o protesto começou contra a extinção do MinC, inicialmente transformada em Secretaria por Temer. Depois, quando o presidente interino voltou atrás, os manifestantes decidiram permanecer nas ocupações até a saída do político.