Cascavel – Possuir uma variedade de produtos já se tornou uma característica do pequeno produtor rural. Em uma mesma propriedade é possível encontrar o cultivo de hortaliças, frutas, grãos, além da pecuária, que em muitos casos é o seu carro-chefe. No entanto, parte dos agricultores familiares do Oeste do Paraná está abrindo caminhos para uma nova cultura: o morango semi-hidropônico.
O fruto, que demanda bastante cuidado em seu manejo, merece uma atenção especial. Protegê-la da chuva e também do sol forte é extremamente necessário para obter bons resultados na colheita. Conforme o técnico do Instituto Emater, José Luiz Bortolossi, a estrutura ao semi-hidropônico se torna um pouco mais cara devido às telas, prateleiras e sacolas que fazem todo o sistema funcionar de forma correta.
Neste modelo, a proteção precisa ser alta, já que o morango é retirado do chão e é colocado em um suporte, explica.
Vantagens
Apesar das despesas para implantá-lo, as vantagens deste tipo de cultivo compensam. Isso porque, de acordo com Bortolossi, ao colocar o morango nessas prateleiras, que contém bolsas com substrato e o sistema de hidroponia (à base de água), o uso de agrotóxicos reduz expressivamente.
A partir do momento em que o fruto é retirado do chão, as doenças já diminuem. O que o produtor deve fazer constantemente é uma faxina no local cultivado e nos espaços entre uma planta e outra, além de obedecer as carências [tempo de colheita] que o produto impõe, frisa.
Além disso, o ritmo de trabalho é modificado e proporciona bem-estar ao produtor. É um equilíbrio à saúde de quem planta e também de quem consome.
É um método que melhora o dia a dia do produtor. Antes do semi-hidropônico, o cultivo do morango ocorria somente no chão, sistema que o deixava por muito tempo com uma postura incorreta, que lhe resultava em doenças e dores constantes nas costas. Agora, ele passa a maior parte do tempo em pé, o que facilita a sua rotina, relata o técnico do Emater.
Plantio
O cultivo do morango semi-hidropônico ocorre em maio, com previsão de colheita na segunda quinzena de junho. A base de seu plantio é água e substrato, que fornece nutrientes suficientes à planta. Segundo José Luiz Bortolossi, em média são realizadas duas irrigações por semana.
Na região, as propriedades que já migraram a essa cultura possuem de três a cinco mil plantas, consideradas de pequena escala, diz.
Apesar da chuva, número de visitantes chegou a 30.855
O primeiro dia do Show Rural Coopavel registrou 30.855 pessoas dentro do Parque Tecnológico da Cooperativa, localizado às margens da BR-277. A chuva não atrapalhou os visitantes, que puderam participar de palestras, oficinas de aprendizagem, além de optar, entre os 480 estandes, aqueles que se dirigem à sua área de atuação.
O governador de Rondônia, Confúcio Aires Moura, que esteve ontem em Cascavel, destacou a grandeza do evento e o caracterizou como um polo de demonstração prática e detalhada do agronegócio. Conforme ele, o espaço de 720 mil metros quadrados à disposição do agricultor se tornou um aglomerado de experiência a longo prazo.
É uma feira educativa e inovadora, importantíssima ao Brasil. Quem visita toda essa estrutura aprende só em olhar e ouvir curtas apresentações dos expositores. É um sucesso ao setor, e atende à demanda do pequeno ao grande produtor rural, relata.
A organização do Show Rural Coopavel estima que até a sexta-feira (5), último dia do evento, mais de 200 mil pessoas passem pelo parque. No ano passado, em sua 27ª edição, foram registrados 230 mil visitantes.
A intenção não é bater recorde de público, mas trazer a cada ano, novidades em tecnologia ao segmento, comenta o diretor-presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.
(Com informações de Marina Kessler)