Cotidiano

20 de Agosto: Obras do novo Trevo Cataratas já tem previsão de entrega

De acordo com a gerente de engenharia da Ecocataratas, Hellem Prim Variani, responsável pela obra, até segunda-feira (15), os trabalhos atingiram 98% do cronograma

20 de Agosto: Obras do novo Trevo Cataratas já tem previsão de entrega

Cascavel – Depois de quase dois anos em obras, o tão esperado novo Trevo Cataratas já tem data prevista para ser entregue: 20 de agosto. No fim de semana passado, em que o tempo estava aberto e com sol, quem passou pelo o local percebeu a grande movimentação de funcionários trabalhando na obra, uma das principais portas de entrada da cidade, entroncamento que está em obras desde outubro de 2020 e que liga as três principais rodovias federais do estado: BR-467, BR-277 e BR-369.

De acordo com a gerente de engenharia da Ecocataratas, Hellem Prim Variani, responsável pela obra, até segunda-feira (15), os trabalhos atingiram 98% do cronograma. “Se o tempo contribuir, vamos fazer a entregas das novas pistas, pois estamos trabalhando a todo vapor para conseguir entregar”, disse a engenheira.

Para a entrega oficial, estarão presentes todos os órgãos parceiros, como a PRF, PRE, DER e o DNIT, além da Transitar, quando haverá uma operação de liberação do tráfego.

Últimos detalhes

Segundo Hellem, durante esta semana os funcionários da construtora estarão terminando a sinalização das vias, a instalação dos postes de iluminação, a colocação de dispositivos de proteção e segurança, barreiras de concreto, encaixes na pavimentação, colocação de grama, entre outros pequenos reparos. Além disso, estará sendo realizada a complementação com barreiras de concreto, sarjetas, finalização dos canteiros e a colocação de telas em cima da barreira e embaixo da passarela.

“Depois que fizermos a liberação do novo tráfego, vamos trabalhar na quarta etapa que é o fechamento das alças que foram feitas para ocorrer o desvio do tráfego”, explicou. A gerente salientou ainda que antes de liberar, haverá solicitar a aprovação da liberação do tráfego ponto de vista técnico, que é a parte do DER (Departamento do Estradas de Rodagem).

O superintendente regional Oeste do DER, Charlles Urbano Hostins Junior, disse que o trevo é uma obra de extrema relevância para a região Oeste do Paraná e para todo o sul do país, “um nó que vai ser desatado”, completando que “vamos liberar as pistas, com alguns serviços para serem terminados, mas já em condições de tráfego”.

Segundo Charlles, a vistoria é feita diariamente com equipes que acompanham a qualidade e o que está sendo colocado na obra. Uma vistoria breve será realizada ainda no sábado para, no período da tarde, estar liberado o tráfego. “Era uma modernização de novo modal rodoviário esperada há mais de 35 anos”, reforçou.

Novo trevo

A reconfiguração do Trevo Cataratas conta com dois novos viadutos de 900 metros, passarelas com escadas e rampas, nove quilômetros de vias e um total de 230 novos postes de iluminação e dois quilômetros de redes de bueiros. Na obra, foram investidos cerca de R$ 82 milhões provenientes de um acordo de leniência, firmado entre a força-tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal e a Concessionária Ecocataratas em 2019.

As obras contam com cerca de 240 operários que fazem a execução de todos os serviços no canteiro central. As estruturas de concreto dos dois novos viadutos vão elevar a BR-277 no sentido Foz do Iguaçu. Foram feitas obras de segurança viária com as barreiras de contenção tipo New Jersey, instalação e cabeamento de iluminação do trevo e drenagem superficial.

A readequação permitirá que as rodovias que convergem para o trevo não sofram interferências entre si. Esta característica vai possibilitar um tráfego com maior fluidez e mais seguro, não havendo a necessidade de operação do sistema por sinalização semafórica, conforme a configuração anterior do trevo.

O trevo tem fluxo estimado de 45 mil veículos por dia, ou seja, mais de 16 milhões de veículos de passeio ou de transporte de cargas ao ano.

Foto: Celso Dias

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Proteção Ambiental

Uma condição imposta à concessionária pelo IAT (Instituto Água e Terra), órgão ambiental do Paraná, para aprovar a obra foi a obrigação de que o trevo tenha bacias de contenção subterrâneas. A obra será construída em cima da transposição do Rio Cascavel, afluente do Rio Iguaçu e que abastece 70% da população do município. No caso de um acidente, as bacias de contenções terão suporte técnico para armazenar até 400 mil litros de efluentes derramados na pista.