Agronegócio

Adapar alerta para vacinação contra brucelose, doença endêmica no PR

A brucelose bovina é endêmica no Paraná e as perdas econômicas são expressivas

Gado. Campo Largo, 09/05/2019 Foto:Jaelson Lucas / AEN
Gado. Campo Largo, 09/05/2019 Foto:Jaelson Lucas / AEN

 

 

Curitiba – A Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) alerta sobre a necessidade de vacinar o rebanho bovino e bubalino contra a brucelose, imunização que pode ser feita em qualquer período do ano. A doença é causada pela bactéria B. abortus e pode ser transmitida para seres humanos. O abortamento é o principal sinal, e ocorre geralmente no último terço da gestação. Outros indicativos da doença são o nascimento de bezerros fracos, retenção de placenta, corrimento vaginal, inflamação das articulações e inflamação dos testículos.

A brucelose bovina é endêmica no Paraná e as perdas econômicas são expressivas. Ocorre queda da produtividade, ou seja, menor produção de leite, além de baixos índices reprodutivos, aumento no intervalo entre partos, morte de bezerros precocemente e perda de animais. “Assim como a campanha de atualização de rebanhos é necessária para melhor conhecimento, rastreabilidade e análises de risco no Paraná, a comprovação da vacinação contra brucelose é necessária e obrigatória para a manutenção da sanidade do rebanho bovino e bubalino e para a diminuição da prevalência da doença”, disse a coordenadora do programa, médica veterinária Elenice Amorim.

 

VACINAÇÃO

Uma das principais medidas de controle da brucelose bovina é a vacinação. Fêmeas entre três e oito meses de idade devem ser vacinadas obrigatoriamente (Portaria nº 305/2017) e deve ser comprovada a aplicação, uma vez por semestre. No Brasil, é permitida a utilização das vacinas B-19 ou RB-51 (Vacina Não Indutora de Anticorpos Aglutinantes). A B-19 é atualmente a mais utilizada devido ao menor custo.

A vacinação deve ser feita corretamente sob a responsabilidade de um médico veterinário cadastrado na Adapar, e o uso de equipamento de proteção individual (EPI) é fundamental para o vacinador, para evitar acidentes. Segundo a Adapar, propriedades não regulares com a vacinação contra brucelose ficam impedidas de movimentar animais (emissão de GTA) para qualquer finalidade.

 

TRANSMISSÃO

A brucelose bovina é transmitida principalmente pela ingestão de pastagem contaminada pela urina de bovinos doentes, restos fetais e de placenta. A doença pode ser introduzida em um rebanho sadio, pela aquisição de bovinos infectados. Por esse motivo, é importante a realização de quarentena e de novos exames para que os animais possam ser incorporados ao rebanho.

Exames periódicos fazem parte da estratégia de controle da doença. Para as fêmeas que receberam a vacina B19, os exames podem ser feitos com idade superior a 24 meses. As bezerras vacinadas com a RB-51 e os animais machos podem ser submetidos ao exame a partir dos oito meses de idade, quando não apresentarão anticorpos colostrais, que podem influenciar no resultado dos exames, ocasionando falsos positivos.

 

Foto: AEN

 

Agronegócio: Otimismo em alta no Brasil

Brasília – O ICAgro (Índice de Confiança do Agronegócio), da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), fechou o 1º trimestre de 2022 em 111,5 pontos, 1,9 ponto acima do levantamento do último trimestre de 2021. Já em relação ao mesmo período do ano passado, quando o índice ficou em 117,4, houve queda de 5,9 pontos. Resultados acima de 100 pontos estão na faixa considerada otimista pela metodologia do estudo, enquanto resultados inferiores a 100 denotam pessimismo.

De acordo com a Fiesp, o resultado positivo em relação ao final do ano passado foi puxado pelas indústrias situadas Depois da Porteira, o único segmento dentre os pesquisados em que a confiança melhorou, já que os índices da indústria Antes da Porteira e dos produtores agropecuários caíram em relação ao trimestre anterior.