Policial

Adoção irregular: Polícia investiga suposta compra de recém-nascido

A acusada confessou o crime

Adoção irregular: Polícia investiga suposta compra de recém-nascido

Capitão Leônidas Marques – A Polícia Civil de Cascavel está investigando a suposta compra ou adoção ilegal de um bebê após constatar irregularidades dentro de um hospital em Capitão Leônidas Marques. Uma mulher foi presa em flagrante no último sábado (16) pelo crime de dar o parto alheio como próprio.

Ela e o marido chegaram à casa hospitalar com uma gestante paraguaia, mas na hora de fazer o internamento para o parto a paraguaia foi internada com o nome da mulher que a levou até lá, o que configura o crime de dar o parto alheio como próprio.

Os funcionários do hospital desconfiaram e acionaram o Ministério Público, que chamou a polícia.

A acusada confessou o crime e disse que a ideia era registrar o nascimento da criança em seu nome, para que o marido pudesse ir ao cartório registrar a criança como filha do casal. Ela disse ainda que acompanhou toda a gestação, pagou pelo pré-natal e que pagaria os custos do parto para que a menina fosse doada ao casal, já que a paraguaia é pobre e não teria condições de cuidar da menina. A paraguaia já tem outros dois filhos.

Ela confessou ainda que espera há muito tempo em filas de adoção e que, sem sucesso, resolveu burlar as regras e fazer o prazo do bebê como se fosse seu.

Investigação

De acordo com a delegada Anna Karyne Turbay Palodetto, foi feito o flagrante, mas as investigações seguem para apurar como toda a negociação aconteceu e se há mais pessoas envolvidas.

A mulher foi presa em flagrante e pode responder inicialmente pelo crime de dar parto alheio como próprio, o que caracteriza fraude contra adoção. Uma fiança de R$ 10 mil foi estipulada.

O inquérito policial tem prazo de dez dias para ser concluído caso ela permaneça presa e de 30 dias se ela deixar a prisão.

Quanto à participação do marido, a delegada disse que ainda depende do que for apurado nas investigações para que ele seja responsabilizado por participação no crime.

A paraguaia continua internada sob escolta e deve ficar à disposição da Justiça assim que tiver alta.

A recém-nascida deve ficar abrigada em uma instituição até que tudo se resolva.

Assista a íntegra da Entrevista Coletiva: