Toledo – Os 18 quilômetros, de um total de 38,9 km de duplicação da BR-163 entre Toledo e Marechal Cândido Rondon, que tinham previsão de liberação para tráfego para o mês passado, ainda estão bloqueados para a passagem de veículos às vésperas de iniciar o terceiro mês do ano.
A data havia sido dada pela própria Superintendência Regional do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) no Paraná.
A expectativa inicial era para que os veículos pudessem trafegar pelo trecho ainda em janeiro. Para quem passa pelo local, que não possui nem mesmo terceira faixa, a cobrança é de que a pista dupla é mais do que necessária, sobretudo em períodos como este de escoamento de safra, quando os caminhões seguem enfileirados e travam o fluxo.
O Dnit não justifica a razão de o trecho pronto não estar liberado.
Essas obras foram iniciadas em 2015 e deveriam ter sido concluídas em outubro do ano passado. Devido ao atraso, o cronograma já foi estendido em dois anos, mas em quatro meses os trabalhos evoluíram 6%. elevando para 36% do percurso pronto.
Segundo a Superintendência do Dnit, “os serviços estão ocorrendo em todo o segmento, mas intensificados nas frentes de trabalho nas interseções da Avenida Ministro Cirne Lima, da localidade de Vila Ipiranga e próximo ao distrito de Dois Irmãos”.
Ainda de acordo com a Superintendência, “na LOA 2019 (Lei de Orçamento Anual) [da União] consta o valor de R$ 83.847.589 previsto [para esta obra] para o ano de 2019”. Ocorre que essa previsão orçamentária corresponde a emendas parlamentares não impositivas, o que não garante sua liberação efetiva.
No total, a obra com custo de R$ 306 milhões, ainda precisa receber cerca de R$ 180 milhões para ser finalizada. A entrega da duplicação está agendada para o fim de 2020, mas isso depende da liberação orçamentária.
Dnit: se tiver dinheiro, libera 58,5 km para tráfego
Capitão Leônidas Marques – Em outro trecho da mesma rodovia, só que ligando Cascavel ao Distrito de Marmelândia, em Realeza, em um percurso de 73,4 quilômetros, o Dnit informou que as obras estão concentradas no perímetro urbano de Capitão Leônidas Marques, com a execução do segundo viaduto nesse município e suas marginais.
“Com a entrada do recurso previsto [que também corresponde às emendas parlamentares não impositivas, portanto sem data para ocorrer], no valor de R$ 181 milhões, as atividades serão concentradas desde o fim do trecho já liberado para o tráfego nas proximidades do Posto de Fiscalização da PRF em Lindoeste, até o entroncamento para saída de Boa Vista da Aparecida, em Capitão Leônidas Marques”.
“Atentamos que esse valor ainda não foi totalmente empenhado para os contratos em questão (…) a obra está cerca de 57% executada”, indicando, assim, que, dos R$ 579 milhões a serem destinados a toda essa extensão, restam ainda cerca de R$ 250 milhões a serem liberados. A previsão de entrega também foi estendida para o fim do ano que vem, mas há uma ressalva feita apelo órgão: a dependência da liberação dos recursos.
Se os R$ 181 milhões forem liberados neste ano, o Dnit no Paraná prevê liberar 58,5 km para o tráfego, incluindo o contorno de Lindoeste.
Vale destacar que um trecho de 20,2 quilômetros de Cascavel até do Distrito de Santa Maria, em Santa Tereza do Oeste, foi liberado em outubro de 2017, restando então outros 38 km para serem abertos para o tráfego.
Em nenhum dos trechos o Dnit considera risco de interrupção completa das obras, mesmo sem previsão de quando (e se) serão liberados mais recursos.