BUENOS AIRES O ex-jardineiro da família Kirchner está sendo investigado por suspeita de criar um conglomerado de empresas fantasmas de exportação de frutas para lavagem de dinheiro, informou o jornal La Nación nesta terça-feira, citando fontes judiciais. Em uma operação na cidade de Rosário, a polícia confirmou que nove supostas sedes das empresas vinculadas a Héctor Barreiro não existiam.
De acordo com o La Nación, a investigação aponta possíveis vínculos com o narcotráfico e parece chegar ao grupo criminoso Los Monos, investigado por lavagem de dinheiro desde outubro passado.
Esta não é a primeira denúncia envolvendo uma pessoa próxima à família Kirchner. A ex-presidente Cristina Kirchner está sendo investigada por suposta lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito e falsificação de documentos públicos.
No mês passado, ela compareceu aos tribunais de Buenos Aires para ser informada pessoalmente sobre um embargo de 15 milhões de pesos (cerca de R$ 3,3 milhões) aplicado pelo juiz Claudio Bonadio. A medida ocorreria no âmbito de um processo contra ela por irregularidades em operações de venda de dólar futuro no Banco Central, que teriam provocado prejuízo de quase R$ 7 bilhões ao país.
A ex-chefe de Estado negou-se a reconhecer o embargo, atitude que levou Bonadio, então, a ampliar a medida e bloquear todos os bens de Cristina.