SÃO PAULO – Por cerca de 30 segundos, Rodrigo Santoro interrompeu a resposta que estava dando a uma jornalista, durante a entrevista coletiva sobre “Ben-Hur”, filme no qual interpreta Jesus Cristo e que estreia no dia 18. Santoro explicava como foi feita a cena da crucificação, na cidade de Matera, no sul da Itália, e como todas as pessoas envolvidas se comoveram:
? Foi uma cena fortíssima, eu nunca vou me esquecer. Depois, congelei, não me lembro mais o que aconteceu. É uma sensação indescritível estar pregado numa cruz e dizer todas aquelas coisas ? continuou ele, que ainda brincou com a sua própria reação. ? Agora, não vale escrever que o ator se emocionou ao falar da cena da crucificação!
Dirigido pelo russo Timur Bekmambetov, “Ben-Hur” faz uma releitura do romance “Uma história dos tempos de Cristo”, de Lew Wallace. Há várias versões cinematográficas do livro, das quais a mais famosa é de 1959, dirigida por William Wyler, com Charlton Heston no papel-título — ganhador de 11 Oscar. No filme de Bekmambetov, o nobre judeu Judah Ben-Hur (Jack Huston) é traído pelo irmão de criação, o oficial do Exército romano Messala (Toby Kebbel), e enviado como escravo para as galés.
O britânico Huston, que também veio a São Paulo, falou sobre as diferenças entre os dois filmes.
— Concentramos o (nosso) filme mais na ação. O fim também é diferente da versão anterior: tem uma mensagem mais positiva, até como uma resposta a tudo o que está acontecendo no mundo.