O presidente do Comitê Rio-2016, Mario Andrada, refutou as acusações de que houve corrupção na eleição do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos. Ele garante que o processo ocorreu de forma limpa. Na edição desta sexta-feira do jornal francês “Le Monde“, o diário denuncia o que o empresário Arthur Cesar Menezes Soares Filho, apelidado de Rei Arthur, depositou em 2009 US$ 1,5 milhão numa conta do filho do então presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) e membro do Comitê Olímpico Internacional, o senegalês Lamine Diack. Esse valor teria sido usado para favorecimento à campanha carioca.
– As eleições foram totalmente limpas. Essa investigação ocorre na França há algum tempo e, ano passado, o The Guardian (jornal inglês) já havia denunciado corrupção na campanha de Tóquio. Nós concorremos com fortes candidatas, e conseguimos os votos com total lisura. Recebemos o apoio de vários comitês, que votaram em outras cidades nas outras etapas da eleição, e já tinham nos garantido o voto – afirmou Andrada.
Ele completa que, até o momento, não houve qualquer contato da Justiça Francesa com o Rio-2016.
– Se houvesse indícios fortes, já nos teriam procurado. Mas não houve nada. Nem mesmo na nota do COI (Comitê Olímpico Internacional) o Rio é citado – argumentou.
Em outubro de 2009, o Rio venceu a última rodada das eleições por 66 a 32, derrotando a candidatura de Madri.