PARIS ? Pressionado a desistir da corrida presidencial na França, François Fillon afirmou que permanece na disputa. Em entrevista à rede de TV France 2, Fillon foi direto quando questionado se abandonaria a campanha:
? A resposta é não. Não vejo razão para fazer isso.
Em discurso ontem para milhares de pessoas na Praça Trocadéro, o candidato da direita às eleições presidenciais francesas pediu perdão a seus seguidores pelo escândalo de empregos fantasmas que ameaça enterrar sua campanha, mas voltou a defender sua inocência. Fillon admitiu mais uma vez ter cometido ?um erro? ao contratar sua mulher, Penelope, como assistente parlamentar. Mas disse estar convencido de que será inocentado.
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Fillon tem perdido o apoio na campanha eleitoral, mas o colega conservador Alain Juppé chegaria ao segundo turno se o substituísse, conforme pesquisa de opinião divulgada ontem. A pesquisa da Kantar Sofres-Onepoint foi realizada entre 2 e 4 de março, à medida que a pressão do próprio partido de Fillon aumentou sobre ele para desistir e para Juppé tomar seu lugar. O levantamento mostrou Fillon com apenas 17% das intenções de votos votos ? uma queda de três pontos percentuais em relação a uma pesquisa feita no mês passado.
A líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, e o centrista independente, Emmanuel Macron, iriam disputar o segundo turno, com 26% e 25% das intenções de voto, respectivamente, de acordo com a pesquisa com 1.027 pessoas. Em um cenário com Juppé no lugar de Fillon, porém, o ex-premiê assumiria o lugar de Macron no segundo turno, com 24,5% ante 27% de Le Pen.
