RIO – A jovem de 16 anos que foi vítima de um estupro coletivo agora vive a muitos
quilômetros de distância do Rio. Incluída, com sua família, no Programa de
Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAM) do Ministério da
Justiça, ela deixou a cidade com semblante sereno, ?olhando nos olhos das
pessoas na hora de conversar e sem baixar a cabeça?, segundo o secretário
estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Paulo Melo. Agora, além de um
novo endereço, ela ganhará até um outro nome. Estupro – 31/05
? Ela está consciente de tudo, sabe do risco que corria
aqui, no Rio. Vinha sendo ameaçada pelas redes sociais, inclusive por gente de
fora do estado. A família estava com medo de uma vingança por parte dos
traficantes. O programa de proteção não foi imposto, foi uma opção dela ? disse
Melo.
O secretário afirmou ainda que se impressionou ?com a
disposição dela de recomeçar a vida, de ir embora?:
? Conversamos por quase uma hora. Ela é muito articulada. É uma pessoa firme,
bonita. Olha nos olhos, não baixa a cabeça. É possível perceber que leva uma
tristeza, uma preocupação. Mas tem tudo para recomeçar a vida, e me pareceu que
realmente quer isso.
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