Esportes

Ciclista russa e boxeador turco são suspensos por doping em Londres-2012

Dois atletas receberam suspensões provisórias de suas federações nacionais, nesta quinta-feira, por terem substâncias dopantes detectadas em amostras colhidas na Olimpíada de Londres-2012, que estão sendo re-checadas neste mês a pedido do Comitê Olímpico Internacional (COI).

O boxeador turco Adem Kilicci e a ciclista russa Yekaterina Gnidenko testaram positivo para o uso de esteroides, segundo informações dos comitês olímpicos de Turquia e Rússia. Kilicci, que compete no peso-médio, havia conseguido vaga para disputar os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio. Catorze atletas da Rússia já estavam na berlinda por conta de re-checagem de exames de Pequim-2008.

O comitê turco se mostrou “extremamente decepcionado” com o doping de Kilicci, cujo auge na carreira aconteceu em 2013, quando foi medalha de ouro nos Jogos do Mediterrâneo, um ano após a Olimpíada de Londres. O boxeador já havia recebido uma curta suspensão no início de 2015 por doping — naquela ocasião, exames haviam detectado uso da substância Tamoxifeno.

Já a União Internacional de Ciclismo (UCI) frisou que o doping de Gnidenko é o único caso positivo referente às re-checagens de Pequim-2008 e Londres-2012 que chegou à entidade. Gnidenko, que não estava listada na seleção de ciclismo da Rússia neste ano, foi selecionada de última hora para os Jogos de 2012. Na ocasião ela substituiu Viktoria Baranova, que havia falhado em um exame antidoping e, por isso, foi excluída daquela Olimpíada.

O COI decidiu testar novamente as amostras colhidas de atletas nas duas últimas Olimpíadas a fim de, com o auxílio de novas tecnologias, tentar identificar casos de doping que tenham passado despercibos à época.

De acordo com o COI, 32 amostras de Pequim-2008 e 23 testes de Londres-2012 retornaram com a descoberta de substâncias cujo uso é proibido para atletas. O objetivo principal da entidade é evitar a participação na Olimpíada do Rio de atletas que tenham feito uso de doping previamente.